
Fazendinha reúne projetos e técnicas de agricultura e pecuária na Expo Umuarama
Quem visitar a Expo Umuarama até domingo (20) pode aproveitar para conhecer a Fazendinha. O espaço reúne pesquisadores do Instituto […]


Quem visitar a Expo Umuarama até domingo (20) pode aproveitar para conhecer a Fazendinha. O espaço reúne pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e da Universidade estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Paranaense (Unipar). A proposta é mostrar para os visitantes, na prática, projetos acadêmicos de tecnologia e sustentabilidade voltados à agricultura e pecuária.
“Temos aqui o simulador de erosão, que permite que os visitantes percebam a resposta do solo aos processos erosivos. Também mostramos exemplos de como utilizar resíduos caseiros. A receita está disponível para quem quiser realizar a experiência em casa”, exemplificou a professora de Agronomia da Unipar, Ana Daniela, citando trabalhos de demonstração dos tipos de solo, pragas agrícolas e fertilizantes.
Outro espaço externo da Fazendinha, organizado pelos acadêmicos da Unipar, é a estufa de hidroponia, que mostra as diferentes técnicas de cultivo do morango, alface e tomate. “A hidroponia tem como base o cultivo das hortaliças com a água, sem contato direto com o solo. Seus nutrientes são fornecidos pela água, que faz a irrigação a cada 15 minutos. Já o morango é cultivado no substrato e sua irrigação é em gotejamento a cada 1 hora pelo tempo de 5 minutos”, explica o acadêmico de Agronomia, Vitor Gabriel Pomaro da Silva.
No Jardim Sensorial, espaço organizado em parceria com os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo da Unipar, o visitante pode viver a experiência dos cinco sentidos – visão, audição, paladar, olfato e tato – com uma simples caminhada entre as plantas. Ali estão plantas ornamentais, condimentares, medicinais e aromáticas.
“A pessoa pode bater nos bambus para ouvir o som, tocar as plantas, esmagá-las entre os dedos para sentir o tato, o aroma ou mesmo perceber o sabor ao levar a boca uma folha de orégano e manjericão, por exemplo“, comentou Wesley de Souza Caparelli, acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da Unipar.

E o que seria de uma cidade fora do campo sem estar preocupada com o abastecimento de água e a despoluição do perímetro urbano. Garantir o desenvolvimento sustentável é o objetivo da maquete construída pelos acadêmicos de Engenharia Ambiental da UEM.
“A gente está mostrando a aplicação da engenharia ambiental na construção de uma cidade. Nossa maquete detalha as etapas de tratamento da água, distribuição e também a coleta e o tratamento de esgoto. Temos também outras maquetes com os caminhos da coleta seletiva e como que é pensada a infraestrutura para garantir a sustentabilidade e reduzir os impactos ao meio ambiente”, descreveu o professor do Curso de Engenharia Ambiental de Umuarama, Guilherme Oliveira.
A UEM também trouxe a Fazendinha um pouco do trabalho feito pelo Hospital Veterinário. “O hospital oferece vários procedimentos e funciona 24h com consultas gratuitas à comunidade, toda segunda, quarta e quinta. A consulta é feita durante uma aula prática. O tutor do animal assume apenas o custo com medicamentos”, disse a acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, Ana Paula Custódio.

Combate à erosão
Artur Cardoso Gritch, acadêmico de Agronomia da UEM, é integrante do projeto de lâminas de irrigação. A técnica foi pensada para combater a erosão do solo e o escoamento superficial. Nas três diferentes etapas: solo descoberto ou nu, onde a água bate diretamente sobre a superfície; depois tem o tratamento de solo com resíduos culturais, evitando o contato direto com a superfície; e a terceira etapa é a presença dos resíduos culturais e mais o tratamento vegetal, aumentando ainda mais as camadas de proteção do solo no contato com a água.
“Dessa forma explicamos que, por meio da utilização dessa técnica, o escoamento superficial e o processo erosivo são praticamente nulos até atingir a saturação do solo, indicando as vantagens ao agricultor. O sistema de plantio direto também é interessante porque ao depositar os resíduos culturais das plantas nós temos o incremento de matéria orgânica e nutrientes e isso ainda ajuda na manutenção da umidade do solo”, esclarece Arthur.