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Soldado Dhayara é a única mulher atuando no grupo Rotam em Umuarama

A Soldado Dhayara Aparecida Ferreira de 30 anos é a única policial militar mulher em um grupo especializado da Polícia […]

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Soldado Dhayara é a única mulher atuando no grupo Rotam em Umuarama
Paula Damacena - OBemdito
Publicado em 10 de abril de 2022 às 18h41 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 09h17

A Soldado Dhayara Aparecida Ferreira de 30 anos é a única policial militar mulher em um grupo especializado da Polícia Militar em Umuarama. Há dois anos e meio ela integra o Grupo de Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM). O grupo é formado por 13 integrantes, sendo distribuído em duas equipes especializadas e táticas. Ao longo dos anos muitas mulheres atuaram dentro do grupo que é responsável por inúmeras ações de combate a criminalidade.

A soldado nunca sonhou em ser policial mas sempre teve admiração pela corporação, isso foi um dos fatores que a levou a prestar um concurso público e ingressar na corporação. Há seis anos ela integra a Polícia Militar do Paraná (PMPR). “Antes do concurso havia uma grande admiração pela instituição e não tinha militar na família. Assim que comecei o curso de formação de Soldado passei a admirar ainda mais através de outras policiais que já atuavam em grupos especializados e isso despertou o interesse em integrar um”, comentou a policial.

Dhayara contou a reportagem de OBemdito que busca inspiração em outras policiais mulheres para desenvolver o trabalho. “Eu sempre me espelhei em outras policiais que faziam parte de grupos especializados e isso fez com que eu chegasse até aqui”, enfatizou.

Integrar um grupo especializado da PMPR não é tão fácil como parece. Precisar ter disciplina, conhecimento, técnicas e habilidades. Além de querer é preciso ser convidado a fazer parte da Rotam. “Não é o próprio policial quem escolhe fazer parte, mais sim é escolhido entre os militares que estão no grupo e precisa haver um consenso de todos”, observou.

O Grupo Rotam é um especializado e ativo. Os militares atuam em situações de risco e prestam apoio para outros grupos dentro da corporação. É preciso passar por um treinamento e ele é o mesmo para mulheres e homens. “Depois da aceitação nós passamos por um período de estágio e capacitação dentro do grupo. Esse período se encerra com a entrega do Braçal que é onde o PM que passou pelo processo de capacitação está apto a atuação com a Rotam”, lembrou.

Dhayara comentou da satisfação e fazer parte da Rotam e poder contribuir com a sociedade. “É uma honra poder fazer parte de um grupo especializado ,o serviço operacional na sua essência é uma atividade simples no dia a dia do policial, mas que dependendo da gravidade da situação pode se tornar algo extremamente complexo”, enfatizou a militar.

O serviço policial para ser bem desenvolvido não depende do gênero, de ser homem ou mulher, mas sim do caráter e do treinamento específico do Policial Militar. “No grupo não há diferença no tratamento entre homens e mulheres todos tem os mesmo peso e importância e sempre o mesmo objetivo que é garantir a segurança da comunidade”, reforçou.

Há seis anos na Polícia Militar a soldado Dhayara já atuou como rádio operador, Rádio Patrulha (RPA) e atualmente na Rotam. Durante a carreira são inúmeras ocorrências já atendidas, mas sempre há alguma que fica na lembrança. “São tantas! Mas uma das mais complicadas foi um roubo em andamento, com reféns na residência, quando chegamos houve um confronto. No local, havia muitas pessoas entre elas, crianças, adultos e adolescentes”, destacou.

A presença da policial feminina tem sido cada vez mais efetiva na corporação. A mulher tem se destacado em qualquer profissão que ela tenha escolhido. A policial destacou que, uma militar em ocorrência ou em qualquer outra função dentro da corporação tem desenvolvido os mesmos trabalhos que os homens nas abordagens, buscas e lida com os mesmos tipos de armamentos e treinamentos. “É essencial a mulher na PM porque isso nos mostra como somos fortes e podemos conquistar nosso espaço. Hoje a mulher está em todo local. Em cena de crime é comum ter mulheres envolvidas”, finalizou.

Armada e maquiada, apesar de usar a mesma farda que os homens, ela usa de um atributo que não lhes deixam dúvidas: ali está uma mulher em ação.

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