
Mulher em ação: Soldado Fernanda é destaque dentro do BPfron em Umuarama
A policial militar encara a criminalidade diariamente, atuando na unidade especializada em crimes fronteiriços


Tem sido cada vez mais comum ver mulheres inseridas na Polícia Militar do Paraná (PMPR). O papel delas tem sido de destaque em qualquer área ou função dentro da corporação.
A Polícia Militar conta com grupos especializados de atuação, como o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). Hoje vamos contar um pouco da história da policial Gilse Fernanda Barbosa Voltolini de 37 anos que há 9 meses atua no BPFron, Pelotão de Umuarama.
A soldado Fernanda, como é conhecida na corporação, ingressou nas fileiras da PM há oitos anos. A policial contou que nunca quis ser militar, mas por conta do destino hoje é uma das milhares de mulheres que atuam na segurança pública.
“Eu não venho de família de militares e confesso que nunca quis ser policial. Lembro-me que à época alguém me sugeriu, eu acatei a ideia e acabei passando no concurso. Hoje estou aqui feliz da vida”, contou a Soldado Fernanda.
Dentro da corporação, a Soldado Fernanda já desenvolveu tarefas no Batalhão de Patrulha Escolar (Pelotão de Umuarama), Polícia Ambiental em Umuarama e Curitiba e também na Academia de Polícia Militar do Guatupê.
“Há 9 meses eu estou atuando no Batalhão de Polícia de Fronteira – no pelotão de Umuarama. É uma unidade especializada em crimes fronteiriços e aqui é pouco diferente de outras ações que executamos”, destacou a militar.

As mulheres em grupos especializados tem sido destaque. “Aqui no BPFron é diferente dos outros lugares. Quando saímos às ruas as pessoas nos olham de uma forma diferenciada por estarmos em um grupo especializado de atuação especificamente em áreas de fronteira e por sermos mulheres”, enfatizou.
O número de homens na Polícia Militar do Paraná ainda é bem superior ao de mulheres. Porém, dentro da corporação não há separação por conta do gênero.
Fernanda conta que na sociedade ainda é comum mulheres serem vítimas de pessoas preconceituosas. “Uma vez fui atender a uma ocorrência de perturbação do sossego eu era a única mulher ao lado de três policiais homens. Quando chegamos, o suspeito veio em minha direção porque eu seria o alvo mais fraco. No fim, deu tudo certo, e nossa equipe conseguiu conter a situação”, lembrou.
Fernanda falou da satisfação em atuar no Batalhão de Fronteira. A soldado está na linha de frente no combate a criminalidade e não esconde o orgulho em fazer parte da área da segurança pública. “Eu me sinto privilegiada! Hoje ser policial é uma das coisas que me faz mais feliz e realizada. Não me vejo longe dessa missão”, finalizou.
Em Umuarama há um pelotão do Batalhão de Fronteira que é comandado pelo Capitão Namur Zandoná. Um grupo formado por um número maior de homens, conta com duas policiais femininas que tem a mesma missão, função, determinação e compromisso com a sociedade no combate a criminalidade.
Armada e maquiada, apesar de usar a mesma farda que os homens, ela usa um atributo que não lhes deixam dúvidas: ali está uma mulher em ação.

SOBRE O BATALHÃO DE FRONTEIRA
O BPFron é a primeira unidade policial de fronteira do Brasil e foi criado através do decreto-lei nº 4,905 de 6 de junho de 2012 e conta com três companhias. A sede fica em Marechal Cândido Rondon, já a segunda e terceira ficam em Guaíra e em Santo Antônio do Sudoeste, respectivamente.
O BPFron atua em 139 municípios na faixa de fronteira, que abrangem um raio de 150 km além da linha divisória terrestre do território nacional. Opera em 447 km de fronteira, sendo 208 km com o Paraguai e 239 com a Argentina. Além disso, a área também é limítrofe aos Estados do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Na região de fronteira o BPFron é responsável por apreensões diárias de contrabando, descaminho, armas e drogas.