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É normal o homem não ter interesse sexual? Urologista responde

Homem só pensa em sexo. Há uma explicação para essa afirmação. “É que desde a puberdade, a produção de testosterona, […]

O urologista André Garcia, de Umuarama (Foto: Hudson Fernando)
É normal o homem não ter interesse sexual? Urologista responde
Redação - OBemdito
Publicado em 19 de abril de 2022 às 11h55 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 08h40

Homem só pensa em sexo. Há uma explicação para essa afirmação. “É que desde a puberdade, a produção de testosterona, o hormônio sexual masculino, é intensa, o que faz com que eles ‘só pensem naquilo’ e isso é absolutamente normal”, explica o médico urologista André Garcia.  

Mas, e quando esse desejo sexual parece chegar ao fim, também é normal? “A aceitação desse momento é mais difícil, mas vai chegar para todos. O que precisa avaliar é se há algo que esteja acelerando a queda da libido masculina”, aponta o especialista. 

Sendo a testosterona o principal hormônio masculino, quando ela atinge níveis irregulares no organismo, pode provocar a redução do desejo sexual. “Quando a testosterona se apresenta em quantidades abaixo do normal, há uma ativação menor dos receptores responsáveis pela libido no cérebro, resultando na queda do desejo sexual”, esclarece o médico.

A irregularidade hormonal também está ligada a diversos fatores. O mais comum é o envelhecimento natural do organismo, que causa a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), ou simplesmente andropausa.

Um dos sintomas é a diminuição da testosterona. “Esse processo de envelhecimento tem como consequência a queda da libido e a dificuldade de ereção, e embora esse seja o foco das preocupações masculinas, a testosterona baixa acarreta também um cansaço extremo, sonolência ou insônia, desânimo, levando muitas vezes à depressão, além do aumento da gordura corporal”, elenca o urologista. 

Tratamento de câncer, obesidade, diabetes e hipertensão

Homens em tratamento de câncer, como a radioterapia e quimioterapia, podem sofrer alterações hormonais, provocadas pelo uso de medicamento que afete a produção da testosterona. 

A obesidade é outro fator que pode interferir na produção do hormônio.  “O excesso de tecido adiposo, que armazena muita gordura, altera o funcionamento da hipófise, assim como dos testículos e do sistema reprodutivo, e isso inibe a produção da testosterona. Então, indiretamente, cuidar do peso é importante para prolongar a vida sexual ativa”, afirma André Garcia. 

Doenças como diabetes e hipertensão, além do sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas também são prejudiciais ao bom desempenho sexual masculino.

Medos e frustrações

O urologista explica que quando o homem começa a apresentar problemas de ereção, é comum que uma certa frustração e medo de ‘não funcionar’ tomem conta de seu estado psicológico. Essa ansiedade leva ao estresse, apontado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) como o principal sintoma da falta de desejo sexual nos homens. Esses fatores somados não ajudam nessas horas.

“Uma coisa leva a outra. O medo de não ter um bom desempenho, de falhar, desmotiva as relações sexuais, o que também contribui para diminuir a libido”, diz Garcia.

Não adianta alimentar medos e frustrações sem procurar ajuda médica. “São muitas as causas da queda da libido, por isso é fundamental que, quando o homem comece a perceber que seu interesse pelo sexo não está normal, procure o urologista para avaliar, investigar e tratar o problema, que seja físico, seja psicológico, tem solução em grande número dos casos”, tranquiliza o profissional.

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