
O papel do distrito de Cafeeiros no desenvolvimento de Umuarama e região
A poucos quilômetros de Umuarama, a localidade já teve mais de 5.000 habitantes e uma infraestrutura de destaque, incluindo hotel e cinema


O distrito de Cafeeiros, atualmente um povoado que abriga a Capela da Imaculada Conceição, representa um marco histórico e religioso de Cruzeiro do Oeste. Na década de 1950, essa localidade figurava entre os principais polos econômicos do Paraná. Foi nesse período que a igreja, situada às margens da PR-323, foi erguida, simbolizando a força da comunidade.
Ascensão e declínio de Cafeeiros
Antes mesmo de Umuarama se consolidar como uma das maiores cidades da região, Cafeeiros já possuía estrutura urbana consolidada, com mais de cinco mil habitantes. O local contava com hotel e cinema, assim como grandes armazéns de alimentos, o que a tornou uma referência em desenvolvimento na época.
A fundação de Cruzeiro do Oeste, em 1952, e de Umuarama, no ano seguinte, marcou o início da perda de importância de Cafeeiros. Em 1954, Cruzeiro do Oeste conquistou sua emancipação de Peabiru, enquanto Umuarama fez o mesmo em relação a Cruzeiro em 1960.
Entretanto, declínio da localidade se intensificou com a crise do ciclo do café, agravada pela geada negra de 1975. Como resultado, o fenômeno climático devastou as lavouras e forçou muitos moradores de Cafeeiros a buscar novas oportunidades em Umuarama, que hoje ultrapassa os 120 mil habitantes.

O povoado e sua paisagem
Do alto do morro onde se originou o povoado, é possível vislumbrar os vestígios desse passado pujante. Próximo à cruz que marca o local, a vista noturna proporciona uma experiência singular aos visitantes. A pequena capela de Cafeeiros, visível à distância, se mantém como testemunha da história da região, resistindo ao tempo e à transformação do entorno.
Marco restaurado
Acima de tudo, a Capela da Imaculada Conceição continua a ser um espaço de celebração, reunindo descendentes das famílias pioneiras para missas e batizados. Construída em madeira e pintada em azul e branco, a estrutura preserva a simplicidade arquitetônica que a caracteriza desde sua origem.
Com recursos do Ministério do Turismo, a prefeitura de Cruzeiro do Oeste viabilizou um projeto de restauração da igreja, que remonta ao século passado. Hoje, o templo integra o patrimônio histórico cultural do Noroeste do Paraná, consolidando-se como um ponto de atração turística na região.