
Pastel em formato de dinossauro é a sensação de panificadora em Cruzeiro do Oeste
Os proprietários de uma panificadora em Cruzeiro do Oeste encontraram uma maneira inusitada para homenagear a cidade e criaram um […]


Os proprietários de uma panificadora em Cruzeiro do Oeste encontraram uma maneira inusitada para homenagear a cidade e criaram um pastel em formato de pterossauro. O “pastel de dinossauro” ficou famoso depois ganhar as redes sociais.
“Há mais ou menos oito meses nós resolvemos criar esse pastel aqui. Eu vi que vários lugares estavam criando algo que identificasse suas cidades e no nosso caso são os dinossauros”, explicou Tatiana Rodrigues, proprietária da panificadora.
O pastel é criação da própria Tatiana, que tem o estabelecimento em Cruzeiro do Oeste há 16 anos. “Essa iguaria só é possível encontrar aqui na nossa padaria. Como eu gosto de inovar, corri atrás para fazer o desenho e criar o formato. E deu muito certo”, observou.

O formato escolhido é o do pterossauro, que foi descoberto em Cruzeiro do Oeste. O réptil voador viveu há 80 milhões de anos. “Eu criei o molde e depois mandei fazer uma forminha que é usada sempre que há pedidos por aqui”, destacou.
O salgado virou febre entre os moradores de Cruzeiro do Oeste quando começou ser vendido. O lanche preferido das crianças se tornou o pastel em formato de dinossauro. “Como nossa cidade tem um museu de visitação. Sempre que há visitantes eles passam por aqui para saborear nossas delícias. As crianças ficam fascinadas”, enfatizou.
Crocante e frito na hora, como manda a tradição, o pastel é vendido com recheios de carne, queijo, presunto e queijo ou ainda de outros sabores. “Nós atendemos ao pedidos dos clientes e fazemos conforme o sabor escolhido. Cada pastel custa R$ 14”, destacou.
Tatiana e o esposo Rafael Rodrigues criaram um espaço com a identidade da cidade. Um ambiente com um dinossauro na parede e que chama a atenção dos clientes. O espaço é aconchegante e muito atrativo.
A cidade de Cruzeiro do Oeste recebeu o título de “cidade dos dinossauros” após o achados de fósseis importantes. Além de visitar o museu, quem passa pela cidade pode tirar fotos com estátuas de dinossauros que foram colocadas em alguns pontos da cidade.
Sobre o dinossauros
Cruzeiro do Oeste conta com um Museu Paleontológico. O local conta com os achados no município, que desde a década de 1970 têm encontrado fósseis de espécies que viveram há milhões de anos. Em 2014 foram achados 47 fósseis de pterossauros (répteis voadores pré-históricos).
Embora conte com uma colônia de pterossauros, que é muito mais rara de encontrar, uma das principais atrações é a última descoberta, o dinossauro inédito no mundo batizado de Vespersaurus paranaensis.
O Sítio Arqueológico
O sítio foi descoberto em 1971, quando o proprietário percebeu que os fósseis eram de alguma coisa importante. Mostras do material foram levadas para a Universidade Estadual de Ponta Grossa. Lá, o conteúdo ficou guardado, mas pouco explorado até 2011. O geólogo Paulo César Manzig teve acesso ao material na UEPG e foi conhecer o sítio em Cruzeiro do Oeste. Daí materiais escavados foram levados para Mafra, Santa Catarina, na Universidade do Contestado.
De lá para cá, foram feitas quatro descobertas: além do pterossauro e do dinossauro neste ano, em anos anteriores foram encontrados registros de outro pterossauro e de um lagarto. Todos na mesma região de Cruzeiro.
O local, agora, fica sob a guarda da Prefeitura da cidade e do Museu de Paleontologia do município. Pesquisadores de outros países têm se interessado pelo campo.
A coordenadora do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste, Neurídes Martins, disse que agora há condições de se fazer pesquisas ali mesmo, sem precisar tirar o material da cidade.
No caso do pterossauro “Karesdrakon vilsoni”, cuja descoberta foi publicada há poucos dias e está sob a responsabilidade da Universidade do Contestado, Neurídes queria que o nome fosse outro – um título que homenageasse a região.
O sítio paleontológico tem 400 metros quadrados. Somente 20 metros foram escavados até o momento. O que significa que ainda há muito a ser descoberto.





(Redação, com informações Retur)