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Após 15 anos dormindo em sepultura, morador ganha casa e deixa situação de rua

Muito conhecido pela população de Marialva, o pedreiro Edson Aparecido de Carvalho finalmente recebeu uma casa para viver tranquilamente, após […]

Foto: Evandro Mandadori
Após 15 anos dormindo em sepultura, morador ganha casa e deixa situação de rua
Redação - OBemdito
Publicado em 25 de abril de 2022 às 11h26 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 08h17

Muito conhecido pela população de Marialva, o pedreiro Edson Aparecido de Carvalho finalmente recebeu uma casa para viver tranquilamente, após cerca de 15 anos vivendo em uma sepultura no cemitério da cidade. A ação foi tomada pela prefeitura de Marialva, que disponibilizou o novo espaço, localizado ao lado do cemitério.

A nova residência do morador foi improvisada pela prefeitura, que aproveitou partes de um barracão ao lado do cemitério. “Estou contente, porque agora eu tenho luz, água e o espaço é bem maior que o jazigo. A casa é simples, mas para quem já ficou sem ter para onde ir, isso aqui está bom demais. A tranquilidade é a mesma da casa antiga”, relatou.

Extremamente agradecido pela mudança, Edson faz questão de citar aos realizadores do projeto em prol de sua nova moradia. “Passei a morar na rua desde que meus pais morreram, agora eu me viro sozinho. Quem disse que iria me tirar lá do túmulo foi a vereadora [Josiane da Silva] e o Prefeito [Victor Martini], quem eu sempre agradeço, pois realmente fizeram isso”.

Vivendo em uma sepultura

No ano de 2006, Edson vivia na rodoviária da cidade, até ser expulso do local. No dia seguinte ao ir trabalhar como pedreiro e realizar alguns reparos pelo cemitério, ele encontrou no espaço de 3m³ de uma sepultura uma oportunidade de se abrigar do frio da noite da cidade. E pelos próximos 15 anos Edson residiu no local.

O local era adaptado para caber o colchão fino que Edson vivia, e um barbante para pendurar suas roupas. Como banheiro, Edson utilizava o banheiro público do espaço e nos fundos do cemitério adaptou um fogão a lenha para raras ocasiões, pois, com o dinheiro que recebia do salário ele comprava marmitas ou doações de populares.

“Eu mal cabia lá na sepultura. Tinha que ficar com a perna encolhida. Nessa parte era ruim. Teve uma vez que eu deixei as pernas para fora e a cabeça coberta. Uma senhora que veio logo cedinho viu aquela cena das minhas pernas para fora e saiu correndo (risadas). Ela achou que era um corpo. Olhou e pensou: o que é isso? Saiu correndo, mas logo depois entendeu que era eu”, disse, em entrevista.

Ele, que tem uma rotina simples, não esconde que prefere viver na tranquilidade e sem incômodos de vizinhos barulhentos. Foi este um dos motivos que o fez escolher o cemitério como abrigo. A nova localização de sua casa agora lhe garante aa mesma tranquilidade, porém com condições mais dignas de moradia.

(Redação, com informações CBN)

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