
Temperaturas amenas favorecem para o surgimento de caramujos no Bosque Uirapuru
Com as temperaturas mais amenas e a alta umidade do ar começa a aparecer os chamados “caramujos africanos” no Bosque […]


Com as temperaturas mais amenas e a alta umidade do ar começa a aparecer os chamados “caramujos africanos” no Bosque Uirapuru em Umuarama. O controle deve ser feito um a um, mas por ser um vetor de transmissão de verminose, o manejo do molusco requer cuidado.
Quem caminha pelo Bosque Uirapuru encontra em vários locais a presença do molusco. O caramujo africano tem hábitos noturnos, porém com as temperaturas amenas eles também se alimentam durante o dia. Nesta época do ano, é comum ver o caramujo buscando por alimentos por entre as árvores, folhas e postes.
A Vigilância Ambiental informou que realiza o manejo dos caramujos no Bosque Uirapuru com frequência. Nos últimos meses o serviço foi interrompido devido ao aumento das demandas do combate à dengue, que é feito pelas mesmas equipes.
No próximo sábado (30) equipes da Vigilância Ambiental irão realizar uma coleta de caramujos no bosque. Os animais são recolhidos, ensacados e enterrados com cal no aterro sanitário do município. Esse aumento na visualização dos caramujos ocorre devido às condições climáticas favoráveis (calor e alta umidade).
PRAGA
O caramujo gigante africano foi introduzido no país no final da década de 1980, oriundo do leste e nordeste africanos, como substituto ao escargot. A espécie (Achatina fulica) chegou ao Brasil por meio de uma feira realizada no Paraná. Duas zoonoses podem ser transmitidas pelo molusco – meningite eosinofílica, causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis, que passa pelo sistema nervoso central e se aloja nos pulmões; e a angiostrongilíase abdominal, com casos já registrados no Brasil. A doença, causada pelo parasito Angiostrongylus costaricensis, muitas vezes é assintomática, mas em alguns casos pode levar à morte por perfuração intestinal e peritonite.

