
Greve dos professores em Umuarama tem 95% de adesão da categoria, diz sindicato
A paralisação segue por tempo indeterminado


As escolas da rede pública municipal de ensino em Umuarama amanheceram sem aulas nesta quarta-feira (27). Os professores aderiram a uma greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação é a readequação do salário de acordo com o Piso Salarial Nacional do Magistério Público da Educação Básica. Em Umuarama, a categoria inicia a carreira com salário de R$ 1.640,00, ou seja, 17% abaixo do valor do pago pelo piso nacional de R$ 1.922,00 para 20h em sala de aula.
Na manhã desta quarta-feira (27) os professores estão reunidos em frente ao Paço Municipal e aguardam uma conversa com o Prefeito Pimentel para que possam chegar a um acordo. “Infelizmente tivemos que chegar a este ponto porque não conseguimos um acordo com a administração municipal”, observou a presidente do Sispumu Ligia Strugala Bezerra.
De acordo com o sindicato que representa a categoria 95% dos educadores aderiram ao movimento. A principal pauta é a correção salarial de acordo com o piso nacional. “Não houve uma proposta e nenhum acordo e por este motivo os professores aderiram. Esperamos que a administração nos apresente uma proposta que a categoria aceite para que possam voltar às salas de aulas”, enfatizou.
O assessor jurídico do sindicato que representa a categoria comentou sobre as alegações apresentadas pela administração municipal no início da semana. “O Sindicato defende o pagamento do piso do magistério. Conforme manda o plano de carreira do município”, comentou o advogado. Confira o vídeo:
O QUE DIZ A PREFEITURA
Na manhã de segunda-feira (25), o prefeito Hermes Pimentel conversou com os jornalistas durante uma coletiva de imprensa. Na ocasião, ele fez um apelo para que os professores suspendessem a greve evitando mais transtornos para pais e alunos.
O procurador geral do município, Renan William de Deus Lima, afirmou que a prefeitura vai ajuizar uma ação declaratória pela abusividade da greve. Segundo ele, dois pontos são questionáveis: a inexistência de uma lei para definir o valor do piso nacional e a falta de recursos do município para conceder o reajuste.







