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Carol Gonzalez dá relato emocionante sobre como foi mudar de país com três filhos, dois deles autistas

Em terras estrangeiras a moradora teve que viver em um abrigo enquanto lutava para retornar ao Brasil

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Carol Gonzalez dá relato emocionante sobre como foi mudar de país com três filhos, dois deles autistas
Redação - OBemdito
Publicado em 8 de maio de 2022 às 15h39 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 07h19

Neste domingo (8) é comemorado o Dia das Mães e OBemdito escolheu conhecer um pouco mais sobre a história de Caroline Adolfo Gonzalez, de 38 anos e mãe de três filhos – dois destes sendo crianças autistas. Ela, que reside atualmente na Umuarama, atravessou o Oceano Atlântico para ter a certeza que todos os seus filhos tivessem as melhores condições de vida possíveis.

No ano de 2018, Caroline residia na Irlanda com o seu então marido e suas três crianças: Mikaela, Benjamin e Lana. Foi após sentir algumas peculiaridades no comportamento de seu filho Benjamin e de sua bebê Lana, que ela desconfiou que era mãe de duas crianças autistas.

Na época, ela conta que seu marido acreditava se tratar só da personalidade do filho. Porém, teimosamente a mãe insistiu que ao menos o garoto fosse avaliado por profissionais. A suspeita de Caroline se transformou em confirmação após a avaliação psicológica e comportamental do garoto. “Em meu coração eu sabia que a Lana também era”, relatou.

Durante esse período, Carol enfrentava um processo de divórcio com o marido, que demorou para assinar os papéis da separação – fato que dificultou as coisas para a mãe. Foi então que ela saiu da casa onde ambos residiam com as crianças e foi morar, durante aproximadamente um ano, com as crianças em um abrigo do país, bem na época que a pandemia de Covid-19 atingiu o mundo de surpresa.

No período que Caroline viveu com as crianças no abrigo, as coisas ficaram um pouco difíceis para garantir a Benjamin e Lana o tratamento necessário para o desenvolvimento pleno das crianças. Foi após um ano que a juíza responsável pelo processo de divórcio concedeu a liberação de retorno para o Brasil, e assim Caroline conseguiu retornar às terras tropicais para viver com sua família.

Ao chegar em Umuarama, ela recebeu o diagnóstico de que ambos os filhos eram autistas e que precisariam iniciar um acompanhamento imediatamente. Na época, ela teve que morar com as crianças na casa do pai, porém devido ao comportamento tão singular das crianças autistas que geravam um certo desconforto no pai da mulher – que enfrentava problemas de saúde -, os irmãos de Caroline se uniram e conseguiram uma casa para que a mãe pudesse viver tranquilamente com os filhos.

Foi então que, sensibilizada pela história da mãe em terras estrangeiras, que a psicóloga dra. Andressa resolveu ajudar no tratamento dos dois filhos autistas da moradora pagando pelo tratamento das crianças na clínica Pequeno Planeta, algo que teria um custo em torno de R$ 8 mil reais ao mês.

Desde então seus filhos recebem atendimento matutino na Apae (Associação de Pais e Amigos Excepcionais) de Umuarama, e no período vespertino as crianças recebem atendimento na Clínica Pequeno Planeta. “A Apae é muito bem estruturada, estou muito feliz com eles na Apae”, disse. “Estou muito feliz que eu ganhei esse tratamento com eles na clínica Pequeno Planeta”.

Graças à garra e a força de continuar lutando pelos filhos que a moradora, que atualmente trabalha como recepcionista, conseguiu garantir aos 3 filhos condições amplas de desfrutar plenamente do que o mundo tem a oferecer de melhor.

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