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Citados em áudios sobre suposto esquema de propina na Câmara são chamados pelo MP

Promotor de justiça quer saber se denúncias de empresário, gravadas em áudios, são verdadeiras

Citados em áudios sobre suposto esquema de propina na Câmara são chamados pelo MP
Redação - OBemdito
Publicado em 23 de maio de 2022 às 19h50 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 06h20

O promotor de justiça Fábio Hideki Nakanishi notificou várias pessoas citadas em áudios que indicam um suposto esquema de corrupção na Câmara de Umuarama. Elas foram intimadas para prestarem depoimento nesta quarta-feira (25), no Ministério Público (MP).

A designação de oitivas significa que o MP considerou os indícios de corrupção envolvendo representantes do Legislativo e decidiu pela abertura do processo de investigação.

Entre os materiais que o promotor tem em mãos encontram-se áudios do empresário Vitor Hugo Gaiari e do ex-vereador Valdecir Pascoal Mulato, o Pai Herói, que no momento da gravação ocupava cargo na Prefeitura como diretor de Articulação e Mobilização da Comunidade. Ele foi exonerado após o caso se tornar público.

Neste material, que teria sido gravado pelo próprio empresário, são citados os vereadores Ronaldo Cruz Cardoso, Fernando Galmassi (presidente da Câmara) e Clebão dos Pneus, este incluído de forma rápida, apenas uma vez.

Também foi enviado ao MP o áudio de Vitor Hugo com João Paulo Maciel de Oliveira, o Sorrisal, no gabinete do vereador. O empresário relata que o vereador Ronaldo Cruz Cardoso, presidente da comissão de Justiça e Redação da Câmara, pediu propina para acelerar os trâmites da aprovação de um projeto de lei que liberaria seu loteamento de terrenos comerciais, na saída para Xambrê.

O empresário não aparece em sua empresa e também não é visto na cidade desde que o suposto esquema foi denunciado, no plenário do Legislativo, há duas semanas. Vitor Hugo, que não sabia que estava sendo gravado por Sorrisal, estaria em viagem a Santa Catarina.

Todos os citados pelo promotor não são obrigados a comparecer na oitiva informal desta quarta-feira. O representante do Ministério Público, porém, pode entender pela necessidade de uma condução coercitiva ou formalizar uma nova data para questionar as partes.

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