Com traços marcantes e criativos, umuaramense Jhotromundo conquista projeção nacional

Celebridades, no Brasil e no mundo, ganham fortunas nas redes sociais influenciando os seguidores. Sabrina Sato é um bom exemplo: cobra mais de R$ 500 mil por postagem de divulgação de produto. Se for uma campanha nacional, o cachê se aproxima dos R$ 3 milhões.

Igual a ela têm poucos, mas menos famosos ou não famosos existem às pencas, principalmente no Instagram e no YouTube, idealizando chegar lá. Em Umuarama, o destaque nesse metiê é um desenhista que conseguiu fazer dos ambientes digitais seu local de trabalho, garantindo um salário que satisfaz suas expectativas.

É o Jhonatha Oliveira, 30 anos, que há dez anos atua na área. A carreira partiu do Facebook e se firmou no Instagram, mas Jho Oliveira, como assina, marca presença também no Tiktok e no YouTube.

Para ele, nada poderia ser mais empolgante do que festejar uma década de carreira ao mesmo tempo em que comemora a marca de 100 mil seguidores no Instagram e quase trinta milhões de visualizações [somando os números de todos os canais em que atua]. “Estou tendo esta oportunidade, feliz da vida”, exclama. 

Estágio ajudou

Ele conta que desenha “desde criancinha” e já na adolescência entendeu que a arte seria seu ganha-pão. Um estágio na Biblioteca Itinerante [projeto da Prefeitura de Umuarama], que oportunizou o contato direto com a literatura infantil – e com um “monte de historinhas ilustradas” – apontou o caminho: “Vou ser ilustrador”.

E foi. E é. Primeiro passo: criou a marca Jhotromundo, mas enquanto ela florescia, trabalhou em papelaria: “Para pagar minhas contas”, justifica. “A marca foi uma estratégia de marketing que adotei para conseguir reconhecimento”, afirma, lembrando que desenhava, de graça, pessoas importantes da cidade, em eventos [fazia caricaturas].

“E elas compartilhavam nas redes sociais, o que foi ampliando a visibilidade do meu trabalho; quando passei a ouvir ‘hum, esse é o traço do Jho’ senti que era o momento de largar o emprego formal e investir num campo de trabalho totalmente condizente com minha vocação, minhas habilidades; a internet e o home office vieram ao encontro desse desejo”, reforça.

Foi promissor, segundo ele, o tempo em que trabalhava em parceria com vários sites: Jho criava as estampas e os parceiros aplicavam nos produtos deles. “Foi quando vi que minha arte poderia estar em todos os lugares”, orgulha-se.

Ao mesmo tempo deu o segundo passo, que foi bem estratégico, também: transforar seus desenhos em produtos. Assim começou a ilustrar agendas, cadernos, camisetas, canecas; fazer quadros, posters, entre outros, tudo com viés comercial: “Decidi investir minhas ideias em produção própria e vender pela internet”.

Já era tempo, admite o desenhista. “Minha marca hoje é tudo: é animação, arte, informação; é uma plataforma”, define. Para ele, o mais marcante nessa caminhada foi quando entendeu que as pessoas podiam comprar sua arte. “Acho que foi a grande sacada, a que me impulsionou para o negócio”, arremata.  

‘Marcas top’!

Jho Oliveira pode até ser o Jhotromundo [menino de outro mundo, como dizia uma de suas professoras lá no ensino fundamental], mas é neste que se projeta como influenciador. Já foi requisitado para avaliar e indicar produtos de grandes marcas, como AiqFome, Piracanjuba, Mãe Terra, Baw Clothing e Brilhante.

Neste mês foi a poderosa Faber-Castell que o contratou para testar uma nova linha de canetas de ponta finíssima e para depois, claro, espalhar sua opinião e o link do produto anunciado aos milhares de seguidores.

“Eu amo cada convite porque são marcas que eu e minha família já usamos no dia a dia e, principalmente, porque confiam no meu trabalho de artista para criar conteúdos. É uma sensação muito gostosa de reconhecimento do meu potencial”.

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