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Zaguine, Marrique e Gabriel Maina: parte do legado que Vitinho deixou para o Umuarama Futsal

O coordenador da Afsu, que faleceu no acidente de ônibus em 8 de junho de 2021, ainda vive nos ensinamentos repassados aos três jovens

Da esquerda para a direita: Zaguine, Marrique e Gabriel Maina/Foto: Danilo Martins
Zaguine, Marrique e Gabriel Maina: parte do legado que Vitinho deixou para o Umuarama Futsal
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 7 de julho de 2022 às 20h57 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 03h17

Paulo Vitor Gonzales, muito amado e conhecido na Capital da Amizade como Professor Vitinho, foi Coordenador de Base do Umuarama Futsal e acabou falecendo no acidente do ônibus da equipe em 8 de julho de 2021. Vitinho contribuiu grandemente para o desenvolvimento de novos talentos na cidade, como é o caso dos jovens Zaguine, Marrique e Gabriel Maina.

Em homenagem ao grande coordenador que prestigiou e honrou a cidade com seu trabalho e dedicação, OBemdito teve a oportunidade de conhecer de perto o legado deixado pelo umuaramense e conversar com os atletas outrora postos sob a tutela de Vitinho.

O jovem João Pedro Silva Zaguine, de 17 anos, conheceu Vitinho através de uma filtragem de talentos que era feita sob a chefia do coordenador que na época comandava o time da base. O olho apurado de Vitinho logo ficou no talento de João Pedro, que foi chamado para treinar sob sua orientação.

“Ele me ajudou muito”, relembra Zaguine. “Eu era muito novo, só queria mesmo ‘jogar bola’, e foi ele quem me ensinou a jogar da forma correta”. Quando questionado, o jovem disse que o que ele mais carrega no peito dos ensinamentos de Vitinho foi “a coragem de enfrentar os outros, de ir para cima, sempre”.

Além do legado, a triste partida do coordenador também deixou muita saudade, em especial, em outro talento descoberto por Vitinho: seu cunhado, o atleta Felipe Marrique da Silva, de 18 anos. Ele, que é irmão da então namorada de Paulo Vitor, Marilia Gabriela, foi convidado a treinar na seleção por Vitinho, que soube de sua aptidão para o esporte.

“Ele era muito meu pai, sabe? Ele me ajudava muito, me dava muitos conselhos”, afirma Marrique. “Chega nessa época, minha irmã posta algumas fotos com ele, ver o rosto dele sorrindo, me dá muita saudade. Ainda dói bastante”, relata.

Em todos os seus jogos, o atleta ainda presta homenagem ao cunhado de uma forma bastante emocional: vestindo a camisa do professor, com sua foto e prestando homenagem ao coordenador a cada gol cravado nas redes adversárias.

Porém Vitinho não se limitava aos talentos somente da Capital da Amizade. Em 2018, o coordenador descobriu a aptidão do goleiro Gabriel Maina, de 18 anos – que é natural de Altônia e na época jogava para outra cidade – e acabou convidando-o para integrar seu projeto na Afsu (Associação de Futsal de Umuarama).

Maina afirma que já acompanhava o trabalho sendo feito por Vitinho e de imediato aceitou a proposta, que só agregou em sua carreira como jogador. “Foi ele que me ajudou a ascender ao time principal. E o trabalho dele foi muito importante, até para os meninos da base que agora estão ascendendo ao time principal”.

Para o goleiro, o mais marca sua memória é o jeito descontraído e popular de Vitinho. “Era o ‘jeito moleque’ dele, né?” ele descreve. “Gostava sempre de estar aprendendo alguma coisa nova. Tanto é que não era a função dele, mas ele se dispunha a estar sempre viajando para aprender mais e estar com o time, para acrescentar essa experiência no trabalho dele”, completa.

Foi com muita tristeza que o Umuarama Futsal, a Capital da Amizade e o esporte brasileiro como um todo se despediu no dia 8 de julho de 2021 de Paulo Vitor, fisicamente, porém ele pôde descansar tranquilo sabendo que em espírito ainda vive nos gols feitos, no suor caído na quadra, nos abraços de comemoração e, com certeza, no coração dos umuaramenses.

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