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Um ano após acidente, fotógrafo do AFSU relata importância de sua família durante recuperação

Pai de três filhos, Diego Ianesko contou muito com sua esposa, que na época ainda amamentava o filho caçula do casal

Foto: Arquivo pessoal
Um ano após acidente, fotógrafo do AFSU relata importância de sua família durante recuperação
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 8 de julho de 2022 às 14h00 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 03h15

Um ano após o trágico acidente envolvendo o ônibus do Umuarama Futsal na Rodovia BR-376, OBemdito conversou com o fotógrafo do time, Diego Ianesko, que revelou detalhes sobre o acontecido e também explicou sobre a participação importantíssima de sua família durante o seu período de recuperação, física e emocionalmente.

Diego, que teve duas fraturas em ambas as pernas, relata que o apoio de toda a sua família começou imediatamente após o acidente. Ele conseguiu entrar em contato com sua esposa, Priscila Kuninari, que contatou o irmão de Diego, Thiago Ianesko, residente do município de Gaspar, que, tomando ciência do ocorrido, de deslocou até o hospital onde Diego estava, em Joinville.

A chegada de Diego em Umuarama foi muito carregada por emoção e alívio. Ele relata que o único momento que sua esposa demonstrou qualquer tipo de abalo com a situação foi quando o avião com o fotógrafo pousou na Capital da Amizade, onde, ao ver o morador na cadeira de rodas, o coração acabou falando mais alto.

“Uma coisa que me marcou bastante”, lembra Diego, “foi quando eu cheguei em casa, a minha filha mais velha, Amanda, que viu o estado das minhas pernas, que eu não estava andando, estava em cadeira de rodas, ali eu vi que ela sentiu, ficou acanhada, chorou. Coisa breve, dali a pouco ela estava no meu colo de novo. Mas ali ela se assustou ao me ver na cadeira de rodas”, relata.

Na época, o filho mais novo de Diego, Augusto, ia completar três meses de vida. Além dele, o fotógrafo também é pai da pequena Julia, que tinha 3 anos, e de Amanda, com somente 6 anos de idade. Ele se lembra que sua esposa – com quem ele é casado há 11 anos -, teve que lutar muito para cuidar de três crianças – uma delas sendo amamentada – e dele, que se recuperava dos ferimentos.

Recuperação e retorno às atividades

Diego ficou por aproximadamente 18 dias sem poder se levantar da cama, saindo do quarto somente para ir ao banheiro, pois sentia ainda muitas dores. Quando saía da cama, tinha que ser sempre carregado. Além da troca de curativos, advindos dos vários pontos nas pernas do fotógrafo, neste período ele ainda teve que passar por fisioterapia para evitar atrofiamento muscular.

“Eu não via a hora de ir para o ginásio”, ele conta. “Um mês depois do acidente o time voltou a treinar, e eu não pude. Só pude ir uns 10 dias depois. Fiquei muito agoniado. Agonia de querer estar junto ali e não poder sair”.

Além das fotografias para o time do Umuarama Futsal, ele, que também fotografa casamentos e eventos comerciais, revela que contou com a ajuda de outros amigos fotógrafos para comparecer ao seu lugar em compromissos agendados.

Foi somente após os 40 dias, e com muito cuidado, que ele sentiu novamente o prazer de retornar ao trabalho. “A primeira vez que eu entrei em um ônibus depois (do acidente) – não lembro quanto tempo foi -, para viajar com o time, confesso que foi bem estranha a sensação. Não dormi, qualquer freada mais brusca você já fica mais esperto, meio ligado, apreensivo”.

Atualmente

Atualmente, a vida de Diego está maravilhosa. Apesar de ter rompido o ligamento do pé direito e as várias cicatrizes, o morador não ficou com nenhuma sequela grave do acidente. Ocasionalmente, seu corpo expele alguns cacos de vidro que se alojaram, porém nada preocupante. Ele é grato pela sua vida, por seus filhos terem muita saúde, por sua esposa, e por toda a sua família.

O fotógrafo ainda conta que durante todo o ocorrido, nem por um segundo sequer considerou que não retornaria para casa e não veria mais sua família. Ele sabia, em seu coração, que estaria de volta com sua esposa e seus filhos, tendo a oportunidade de vê-los crescer e construindo famílias, inclusive sendo avô, um dia. “Não agora, lá no ‘futurão'”, brinca.

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