Graça Milanez Publisher do OBemdito

Irmãos encontram nicho promissor ao produzir camisetas com mensagens de fé

Com 20.000 peças/mês de camisetas, empresa familiar tem clientes em todos os estados brasileiros e até fora do país

Os irmãos Welington e Vinícius Sabatini: foco e fé na marca que se tornou referência no Brasil
Irmãos encontram nicho promissor ao produzir camisetas com mensagens de fé
Graça Milanez - OBemdito
Publicado em 23 de agosto de 2022 às 09h38 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 00h36

De peça básica a peça-chave no guarda-roupa, no estilo despojado ou com toque formal, a camiseta ainda lá no século passado ganha adeptos no mundo todo. Ao se consolidar como um item indispensável, configura-se também como um atrativo modelo de negócio: o setor de fabricação de camisetas no Brasil, de acordo com o Sebrae, é forte e promissor.

São várias fábricas em atividade; as pequenas e microempresas representam cerca de 15% do cenário econômico nacional, o que o torna super competitivo. Mas para participar dele, o investidor tem que ter “foco e fé”, segundo os empresários Wellington, 30 anos, e Vinícius Sabatini, 25 anos.

Os irmãos gerenciam a marca de camisetas Sabatini, que tem por missão “vestir a fé das pessoas e inspirá-las”. Católicos praticantes, eles entraram no ramo em 2013 já com o propósito de produzir camisetas com estampas religiosas, um nicho de mercado até então pouco explorado. E, pela expansão que alcançou, a tática vingou.

De Umuarama, pelo e-commerce, a marca Sabatini vai para todos os estados brasileiros [principalmente São Paulo e Minas Gerais] e exterior [Estados Unidos, Portugal e Angola]. Entre costureiras, designers e pessoal do administrativo, são 40 colaboradores que literalmente vestem a camisa da marca. Ou melhor, a camiseta.

Ao decidir trabalhar com foco segmentado, eles creem que acertaram.  “Traçamos como visão ser referência no mercado pela qualidade do produto e acolhimento aos clientes e lá se vão quase dez anos nesse caminho; estamos bastante contente”, diz Wellington, que coordena o setor de produção.

Ele conta que a Sabatini atua em três frentes, em vendas: varejo, atacado e personalizado; neste caso, atendem a muitas encomendas para caravanas, retiros, grupos de oração e de pastorais, entre outros. “Nossa produção, por mês, varia entre 15 e 20 mil peças, do infantil ao EX6, e vendemos tudo”, informa.

Equipada com máquina de corte a lazer, a fábrica ocupa 1200m2 do Centro Industrial Diversificado [barracão do antigo IBC, na zona 6 da cidade], ou seja, não tem custo com aluguel. “É um incentivo importante que recebemos da prefeitura”, reconhece Vinícius, que chefia o setor administrativo.

“Costumamos dizer que somos abençoados, pois realizamos um trabalho que colabora para evangelizar e reforçar nossa identidade católica com a dos nossos clientes; assim, guiados pelo Espírito Santo, hoje nos tornamos uma empresa referência”, completa Vinícius.

A Sabatini usa duas técnicas de estamparia: a de serigrafia [totalmente artesanal] e a de sublimação [que une computador, plotters, papel especial, prensa térmica e calandra]. Todo retalho que sobra no processo de corte [e sobra muito!] é doado para a Apae, que utiliza na confecção de tapetes.

Falência e superação

A fabricação de camisetas é o segundo momento da história da marca Sabatini. Ela começou sua jornada em 2003 etiquetando lingerie. Foi fundada pelo casal Wanderlânia e José Alberto Sabatini, pais de Wellington e Vinícius.

E por que a mudança do ramo do negócio? Os irmãos não se encabulam na resposta. “Porque falimos”, dispara Wellington. “A lingerie tem um custo de produção muito alto, esse é um motivo; porém, o principal, mesmo, foi a inadimplência, que se agravou a ponto de não conseguirmos vencê-la”, justifica Vinícius.

Mas isso já foi superado, garantem. “Acreditamos que um sopro do Espírito Santo nos levou a partir para este nicho de mercado, até porque não chegamos a parar a fábrica, simplesmente mudamos nosso propósito”, revela o empresário.

Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias do OBemdito em primeira mão.

Mais lidas