
Número de vítimas de golpe de suposto pastor sobe para 41 e prejuízo ultrapassa R$ 5,3 milhões
Dois celulares de propriedade do suspeito foram encontrados em uma caçamba na cidade de Arapongas


Continua aumentando o número de vítimas de um golpe que está sendo investigado em Umuarama, que teria sido cometido por um homem que diz ser pastor. O delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial, Gabriel Menezes, já são 41 boletins de ocorrência registrados por vítimas e o valor do prejuízo chegou a R$ 5.373.000,00.
Conforme o delegado-chefe, as vítimas que já registram boletins informaram que ainda existem outras pessoas que não procuraram a Delegacia. Desta forma, o valor ainda deve aumentar. Marcos Eleandro da Costa é suspeito de captar valores com a promessa de investimento na Bolsa de Valores e devolução do mesmo montante, acrescido de 6% de taxa de juros.
As vítimas informaram que suposto pastor operava no sistema Day Trade – quando o operador investe e desinveste no mesmo dia, com aplicações diárias.
CELULARES
A Polícia Civil de Umuarama está em contato com a Delegacia de Arapongas, porque foram apreendidos dois aparelhos celulares naquela unidade policial que seriam de propriedade de Marcos Eleandro.
“Serão realizadas tratativas para encaminhar esses aparelhos celulares a Umuarama. Em seguida, será buscada autorização judicial para análise dos aparelhos e busca de informações que possam contribuir com as investigações. Pelo que foi repassado, esses aparelhos foram encontrados abandonados no município de Arapongas, em via pública, no interior de uma caçamba. A pessoa que os encontrou fez a entrega dos celulares na delegacia”, informou Gabriel Menezes.
RELEMBRE O CASO
No dia 3 de outubro, Gabriel Menezes informou que o suspeito se apresentava como Pastor Marcos Eleandro da Costa, e que seria integrante de uma denominação evangélica do município. Os relatos indicam que os repasses de dinheiro ao suposto estelionatário começaram em janeiro de 2022.
As vítimas informam ter repassado valores variados para o pastor e que ele faria investimentos na Bolsa de Valores. A promessa aos investidores era de retorno do valor aplicado acrescido de uma taxa de juros de cerca de 6% ao mês. Menezes comentou que o caso se assemelha ao do Sentinel Bank, que foi alvo de operação da Polícia Federal recentemente.
O delegado-chefe explica que as narrativas das vítimas são diferentes, mas chegam ao mesmo fato. Alguns disseram que foram procurados pelo pastor, repassavam o dinheiro para aplicação e recebiam uma nota promissória como garantia. Em outros casos teriam firmado contratos e houve ainda quem relatou que fez a negociação através da empresa M. Costa Financeira, de propriedade do suspeito.
Menezes disse que a Polícia Civil recebeu um boletim de ocorrência de ex-funcionários do acusado que também teriam sido vítimas. O pastor teria desaparecido sem fazer pagamentos de verbas trabalhistas, com as quantias recolhidas das vítimas e sem fazer outros pagamentos.
O delegado-chefe acredita que a investigação deve se estender por alguns meses, pois trata-se de um caso complexo pelo volume de vítimas, volume financeiro e de documentos. Sobre os antecedentes criminais do Marcos Eleandro, a Polícia Civil fez a averiguação e consta somente um registro de perturbação do sossego do ano de 2020.
Relembre o caso completo aqui.