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Advogado dos proprietários afirma que não houve dano ambiental em área de preservação

Os proprietários da área localizada na avenida Rio Grande do Sul, nas proximidades do Condomínio Residencial Royal Garden, onde o […]

Foto: Colaboração/OBemdito
Advogado dos proprietários afirma que não houve dano ambiental em área de preservação
Redação - OBemdito
Publicado em 29 de novembro de 2022 às 17h15 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 18h53

Os proprietários da área localizada na avenida Rio Grande do Sul, nas proximidades do Condomínio Residencial Royal Garden, onde o escritório de Umuarama do IAT (Instituto Água e Terra), registrou no último sábado (26), um possível crime ambiental, afirmam que não houve qualquer dano a mata ou a animais do local.

Segundo o representante dos donos da área, o advogado David Lupion, os proprietários receberam uma notificação da Prefeitura para fazer a limpeza, já que o mato estava mais alto do que o permitido. O advogado explicou que o funcionário contratado para limpar o local estava com uma roçadeira e não conseguiu cortar os cipós. Por isso, uma máquina de um conhecido, que passava pelo local, teria entrado para fazer a limpeza.

“Nós temos várias intimidações da prefeitura de Umuarama para fazer a limpeza. Já deveríamos ter feito, mas toda limpeza no local sempre gera polêmica, porque as pessoas consideram aquela área como sendo pública, o que não é”, afirma o advogado.

A área é um local de Mata Maciça de Estado Avançado, ou seja, de mata fechada. De acordo com ele, muitas pessoas acabam jogando lixo, móveis velhos, entre outras coisas. Além disso, existiria um problema de uma erosão que teria sido provocado por moradores do residencial que foi construído ao lado da área.

“Estivemos lá, estão deixando água do condômino do lado sair dentro do lote e, como foi aberto um espaço para a Copel passar por ali ao lado, a erosão tem ficado cada vez maior” argumenta.

No local, além de animais silvestres como macacos, quatis, cachorros do mato e tatus, também há uma diversidade de aves e várias espécies de árvores em extinção como Peroba, Cedro e Jequitibá.

De acordo com ele, muitos moradores do condomínio reclamam de usuários de drogas e situações de arrombamentos nas casas, por isso, a necessidade de retirar a vegetação entrelaçadas em cipós, o que permitia o esconderijo de marginais. “Tem muito muito cipó e leucena, muito prático para os vândalos se esconderem no local” afirma.

No sábado, moradores chegaram a relatar que alguns animais teriam buscado refugio nas casas do Residencial.  Uma reunião entre o IAT e os proprietários da área está marcada para a próxima semana quando, o assunto será discutido. “Temos toda a documentação que prova que nunca foi área de preservação”, destaca o advogado.

Na segunda-feira (28), técnicos do IAT acompanhados da Polícia Ambiental/Força Verde estiveram na área para fazer um relatório técnico. De posse da matrícula da propriedade, que tem cerca de 800 metros quadrados, agora eles deverão fazer as notificações.

“Observamos que houve corte de parte da vegetação nativa em maciço florestal em estágio avançado. Agora com o relatório técnico e a matrícula vamos analisar os danos”, afirmou o fiscal ambiental do IAT, Cidnei Aparecido da Silva ao destacar que mesmo que houvesse um pedido da prefeitura para fazer a limpeza, por ser uma área de preservação, haveria a necessidade de autorização do Órgão, o que não ocorreu.

OBemdito também procurou a Prefeitura de Umuarama para saber sobre as notificações de limpeza do local. Em nota, o setor de fiscalização do Código de Postura do município afirmou que “notificou o proprietário do terreno no mês de maio deste ano para limpar o mato do espaço referente ao passeio público (calçada), que estava alto e dificultando a passagem de pedestre” e que “na época a limpeza foi feita e o assunto resolvido”.

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