Por muito pouco ladrão da Hilux não atingiu pais e crianças na praça JK em Umuarama

As primeiras famílias que chegaram à praça Juscelino Kubitschek na manhã deste domingo (16) se assustaram com o tamanho do estrago causado pelo ladrão da Hilux que invadiu o local e destruiu o parquinho infantil, ao tentar fugir da polícia. Um tobogã de plástico e parte da cerca foram danificados, assim como a parte da frente do veículo.

“Eu e as crianças estávamos exatamente aqui, 15 minutos antes. Voltei para casa para dar banho nas crianças e, de repente, comecei a ouvir tiros e então um estouro, um som alto. Olhei pela sacada e vi as sirenes da polícia. Eram muitas. Foi um susto, mas também um livramento”, diz uma empresária que mora a 50 metros da praça do Japão, como é mais conhecida a JK.

No calor, é comum a praça ter gente até perto das 22h. Portanto, no momento da batida, por volta das 21h, ainda havia gente no local.

‘Carro parecia voando’

 “Estava com meu filho (de 2 anos) e meu cachorrinho. Deu pra ouvir tiros mais de longe e o momento em que ele (ladrão da Hilux) entrou de uma vez com a caminhonete no parquinho. O carro parecia que estava voando. Achei que viria na nossa direção”, conta um pai, também morador das imediações. 

Ele acrescentou que viu quando o homem (de 22 anos) desceu correndo do veículo e foi para uma calçada, onde tem uma igreja. “Ele parecia confuso, desnorteado, encolhendo a barriga. Era muita polícia, com uniformes diferentes. Eu fiquei com muito medo por causa dele (filho)”. 

O pai elogiou o trabalho da polícia. “Eu ouvi tiros mais longe. Aqui na praça não ouvi. Foi tudo rápido de mais. Os policiais foram prudentes. Fizeram o que têm que ser feito. O bandido é tentou da uma de herói, colocando a vida de pessoas em risco. Eu fui um dos que aplaudi os policiais. Toda a PM, o BPrfron, todos (estão) de parabéns”.

Operação bem-sucedida

Em uma operação bem-sucedida contra o crime organizado na região, a Polícia Militar do Paraná (PMPR), em colaboração com o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), recuperou uma caminhonete Toyota Hilux, avaliada em R$ 203.846,00, na Praça do Japão, localizada na avenida Apucarana, às 21h deste sábado (15). 

A ação que prendeu o ladrão da Hilux ocorreu como parte da “Operação Protetor”, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), visando reprimir ações ilícitas nas fronteiras.

Os agentes foram acionados com informações do furto da caminhonete branca que estaria a caminho do Paraguai. O veículo tinha sido furtado na noite anterior, em Maringá, onde um casal sai para jantar e o deixou estacionado nas proximidades do restaurante. 

Durante patrulhamento na região de Douradina, os policiais localizaram a Hilux veículo na PR-323, já com a placa trocada, falsa. Ao ser interpelado, o condutor desobedeceu às ordens de parada, iniciando assim uma perigosa sequência de fuga em alta velocidade.

A perseguição se estendeu até Umuarama, onde o suspeito, eventualmente, abandonou o veículo (após batê-lo na praça) e tentou escapar a pé, mas foi prontamente capturado por uma equipe do 25º Batalhão de Polícia Militar, que estava em apoio operacional. 

Pelo menos quatro tiros foram ouvidos durante a perseguição no perímetro urbano de Umuarama, na tentativa de fazer com que o ladrão se rendesse, o que não aconteceu. 

Ladrão da Hilux tinha maconha no veículo

Durante a apreensão, os policiais encontraram dentro do veículo um chip eletrônico retirado, uma bolsa contendo pertences pessoais, um cartão bancário pertencente ao suspeito, roupas, cerca de 20 gramas de substância análoga à maconha e dois celulares, tudo de propriedade do ladrão. 

O ladrão da Hilux, um homem de 22 anos, foi detido por diversos crimes, incluindo receptação, adulteração de identificadores veiculares, por usar placas falsas no veículo, desobediência, posse de drogas, condução de veículo de forma perigosa, tentativa de homicídio e dano ao patrimônio público. 

Neste sábado (15/2), a Operação Protetor não só demonstrou a dinamização da segurança local frente ao crime organizado, como consolidou a integração das forças policiais no trabalho conjunto pela segurança pública nas regiões de fronteira.

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