
Lavoura de uva em Xambrê supera expectativas e produtor colhe mais de uma tonelada
Com o objetivo de diversificar a propriedade, Genivaldo decidiu pela cultura que é pouco tradicional por aqui. A experiência deu certo!


Ter uma lavoura de uva no Noroeste do Paraná é boa opção quando o assunto é fruticultura. Pelo menos é o que dizem as experiências feitas por aqui, por produtores interessados em inovar. Uma delas vem de Genivaldo Marko Lino, 41 anos, de Elisa, distrito de Xambrê-PR.
Ele, que é dono de uma propriedade de 20 hectares, se tornou um exemplo no empreendedorismo agrícola: o ex-vendedor de cadeiras à beira de rodovias encontrou no cultivo de uvas não apenas uma nova fonte de renda, mas também uma prova de que é possível produzir frutas de alta qualidade na região noroeste do Paraná.
Com apenas 180 pés plantados inicialmente, Genivaldo colheu cerca de mil quilos de uvas já em sua primeira safra, concluída em dezembro passado. Esse sucesso não só o deixou contente, mas também o motivou a se dedicar ainda mais à cultura.
OBemdito foi conhecer a lavoura de uva que ocupa 2,5 mil metros quadrados da propriedade. Encontramos Genivaldo na lida, passando defensivo na plantação, que é irrigada e toda coberta com sombrite [tela escura].
Para aprender sobre manejo, buscou assistência técnica em Marialva, que é a capital da uva do Paraná. “A lavoura continua bonita e eu estou caprichando nos cuidados para que a próxima safra seja ainda melhor”, diz, otimista com o potencial da região para a produção de uvas.
“Deu muito certo; foi um trabalho compensador”, exclama o produtor, que cultiva uva de mesa das variedades niágara, vitória e benitaka.

Lavoura de uva faz parte da diversificação
O sítio de Genivaldo é um verdadeiro exemplo de diversificação agrícola e integração com o turismo rural. Além da lavoura de uva ele arrendou parte das terras para a pecuária e outra para o plantio de mandioca.
Não contente apenas com a agricultura, Genivaldo também investe em tanques de tilápia, oferecendo a opção de “pesque e pague” aos visitantes, combinando agronegócio com turismo.
Antes de adquirir o sítio para iniciar a lavoura de uva, Genivaldo diz que trabalhou arduamente como vendedor. “Foi dureza! Mas ganhei dinheiro, economizei bastante e pude realizar o sonho de ter meu próprio sítio”, conta.

Seu exemplo não apenas ilustra a resiliência e determinação dos produtores rurais brasileiros, mas também destaca o potencial econômico e a versatilidade da agricultura na região Noroeste.
Por fim, os planos de inovar integrando produção agrícola e turismo rural continuam ousados: próximo aos tanques de tilápias Genivaldo está montando um restaurante. “Com tudo isso, quero mostrar que posso conciliar negócios diferentes, cuidando de todos com a mesma dedicação que dispenso às uvas”, assegura o proprietário da lavoura de uva.










