
Produção de ovos para consumo cresce 5,7% no Paraná e chega a 202 milhões de dúzias
Durante todo o ano de 2024 o Estado do Paraná se manteve em 8º lugar do ranking de produção de ovos para consumo do País


Dados da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos (POG) mostram que a produção de ovos para consumo cresceu 5,7% no Paraná. O levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compara dados de 2024 em relação ao ano anterior. Os ovos para consumo são aqueles “in natura”, industrializados ou para exportação.
Esse é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 28 de março a 2 de abril. O documento é preparado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A produção de ovos para consumo no Paraná era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.
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Alta demanda
O médico veterinário do Deral Roberto Carlos Andrade e Silva explica que esse aumento na produção se deve principalmente por conta da alta demanda. Ela é fruto do aumento do preço das carnes e também pelo aumento de consumo da própria população.
Silva frisa que as pessoas estão se beneficiando cada vez mais dos nutrientes e proteínas que os ovos proporcionam. Ele afirma que a tendência é que a produção, que já vem aumentando com o passar dos anos, continue crescendo.

Durante todo o ano de 2024 o Estado do Paraná se manteve em 8º lugar do ranking de produção de ovos para consumo do País. Por outro lado, é o maior na produção de ovos para incubação (a maior parte destinada à produção de pintos de corte).
O setor de ovos para incubação também registrou um aumento na produção. Em 2024 alcançou um volume de 838,593 milhões de dúzias (equivalente a 10,063 bilhões de unidades). Com isso, a produção subiu 2,9% em relação ao ano anterior, que era de 815,197 milhões de dúzias (ou 9,78 bilhões de unidades).
Paraná domina mercado de exportação do frango
O Paraná continua sendo o maior exportador de carne de frango do Brasil, segundo dados do Agrostat Brasil/MAPA, com 366,7 mil toneladas exportadas no primeiro bimestre de 2025, que representa 41,3% da exportação nacional, número 12,5% maior que o mesmo período de 2024, que foi de 325,8 mil toneladas.

Lavoura de soja do Paraná tem perspectivas favoráveis
As perspectivas comerciais para a próxima safra são favoráveis. Segundo o Banco Central, o dólar permanecerá acima de R$ 5,90 em dezembro de 2025 e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que é o segundo maior produtor de cultura do mundo, atrás apenas do Brasil, estima uma redução de área plantada para a próxima safra, beneficiando os produtores brasileiros.
Alta no preço do litro do leite
O mês de março registrou uma alta nos preços dos principais derivados do leite no varejo paranaense, principalmente no leite em pó (+5,21%), leite longa vida (+2,91%) e leite pasteurizado (+2,02%). As condições climáticas, a inflação e o período interferem diretamente nos preços pagos aos produtores e consequentemente nos consumidores finais.
Possibilidade de plantio do trigo no Paraná
Abril se iniciou com a possibilidade de plantio do trigo no Paraná segundo o Zoneamento Agrícola. A área de cultivo da cultura deve recuar em 20%, passando de 1,14 milhão de hectares para 0,91 milhão, a menor desde 2012, conforme a primeira estimativa de intenção de plantio para a cultura.
Isso se deve principalmente por conta de que alguns municípios têm preferido plantar milho na sequência da soja e também por conta das frustrações constantes de safras verificadas nos últimos anos, aliadas a mudanças recentes nas políticas de seguro que visam coibir o acionamento constante deste produto.
Aumento do abate de suínos
Dados apresentados no boletim apontam um decréscimo em 2024 no Paraná de carnes suínas processadas em frigoríficos com inspeção do Estado do Paraná (SIP) de 3,1% ou 5,06 mil toneladas e também nas de inspeção municipal (SIM), de -12,2% ou 1,39 mil toneladas e inspeção federal (SIF), de -1,4% ou 13,98 mil toneladas.
No entanto, houve um aumento de 3,7% no número de abates em frigoríficos paranaenses sob inspeção federal em relação ao ano anterior.
Redução da área de produção de caqui
O documento apresentou também uma perspectiva sobre a produção de caqui, que, no Paraná, se concentra entre os meses de março e junho. Segundo o Deral, em 2023 o caqui foi cultivado em uma área de 470 hectares. Isso gerou uma produção de 6,2 mil toneladas e um VBP de R$ 18,2 milhões.
Nos últimos dez anos foi registrada uma redução de 54,5% de produção e 56,2% de área produzida. O fato se deve, principalmente, pela incidência de antracnose (doença fúngica) nos pomares. O regime hídrico irregular e as altas temperaturas tendem a adiantar o ciclo do caqui, prenunciando uma baixa nas colheitas, que seguem a tendência de redução ano a ano no Paraná.
(Informações: AEN)