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Operação da Polícia Civil mira facção que movimentou R$ 52 milhões com tráfico

Ao todo, foram expedidos 37 mandados judiciais

Foto: Polícia Civil
Operação da Polícia Civil mira facção que movimentou R$ 52 milhões com tráfico
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 15 de abril de 2025 às 10h55 - Modificado em 15 de abril de 2025 às 10h55

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou, nesta terça-feira (15), uma operação contra o tráfico de drogas no Sudoeste do Estado. A ação visa desarticular um esquema criminoso que operava com entorpecentes em várias cidades da região.

Ao todo, foram expedidos 37 mandados judiciais. A ofensiva ocorre de forma simultânea em Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Três Barras do Paraná e Chapecó, em Santa Catarina.

A PCPR mobilizou cerca de 120 agentes para o cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão. Também foram determinados o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de veículos pertencentes aos investigados.

Helicóptero e cães farejadores reforçam a operação. O objetivo é ampliar a eficácia das diligências e localizar drogas e provas relacionadas à atividade criminosa.

A investigação começou em junho de 2023, após a apreensão de cinco toneladas de maconha pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Francisco Beltrão. O entorpecente era transportado em um caminhão e resultou na prisão de um suspeito.

A PCPR descobriu que o grupo criminoso comprava drogas em áreas de fronteira e as levava até o Sudoeste. Após armazenamento em propriedades rurais, o material era distribuído para outros Estados, com destaque para Santa Catarina.

O esquema movimentou mais de R$ 52 milhões em dois anos. Os recursos passavam por contas de empresas de fachada ligadas a setores como alimentação, beleza, transporte, hotelaria e entretenimento.

As empresas operavam na cidade de Francisco Beltrão e serviam para lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas no Sudoeste. O líder do grupo vivia em um imóvel de alto padrão e usava “laranjas” como donos formais dos empreendimentos.

Segundo a delegada Franciela Alberton, o casal principal envolvido utilizava contas bancárias de duas pessoas jurídicas para movimentar os valores ilícitos. Uma dessas contas foi usada diretamente para pagar por uma carga de drogas.

O grupo também é associado a uma carga de cinco toneladas de maconha apreendida em São Paulo, escondida entre sacos de farinha. A droga seria levada a Goiás. Um casal comprador foi preso em Goiânia pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Em abril, nova apreensão ligou o esquema a uma carga com 2,8 toneladas de maconha, um fuzil e uma pistola. A PRF interceptou o caminhão em Minas Gerais, e o veículo estava registrado em nome de uma das empresas investigadas.

A PCPR continua a investigação para identificar mais envolvidos e ampliar o bloqueio de bens ligados à organização criminosa.

(OBemdito com informações AEN)

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