
Vídeo: nevasca na Argentina e previsão de neve nas serras do Sul do Brasil
Fenômeno já causou transtornos em províncias argentinas e meteorologistas alertam para possível geada e neve em cidades do Brasil

Uma forte massa de ar polar provocou as primeiras nevascas do ano na Argentina entre a noite desta terça-feira (27) e a manhã desta quarta-feira (28), atingindo as províncias de Mendoza, Córdoba e San Luis. O fenômeno climático cobriu paisagens, atraiu a atenção de moradores e turistas, e causou impactos no tráfego em diversas regiões montanhosas.
Em Mendoza, a neve caiu em áreas de alta montanha e regiões próximas à capital, surpreendendo a população. Até o momento, não houve registros de acúmulo no centro urbano da Grande Mendoza, mas a Direção Provincial de Trânsito emitiu alertas para as rodovias 94 e 89, especialmente entre La Quebrada e o Manzano Histórico, no departamento de Tunuyán, devido ao acúmulo de neve.
Em Córdoba, os primeiros flocos começaram a cair por volta das 6h da manhã nas Altas Cumbres, onde a neve chegou com força e acompanhada de vento, formando nevascas em alguns trechos. Por questões de segurança, a Polícia Rodoviária local decidiu interditar totalmente o Caminho das Altas Cumbres, diante da baixa visibilidade e do acúmulo de gelo.
Também houve registros do fenômeno em localidades serranas como Tanti, Calamuchita, Cerro Champaquí e La Cumbrecita, onde a paisagem coberta de branco encantou moradores e turistas, gerando belas imagens nas primeiras horas da manhã.
As autoridades seguem monitorando a situação e recomendam prudência aos motoristas que transitam por áreas de serra, além do uso obrigatório de correntes para pneus em trechos críticos. A previsão é de que o frio continue intenso nas próximas horas, com possibilidade de novas precipitações em áreas de altitude.
Neve no Brasil
A intensa massa de ar polar que avança da Argentina para o Sul do Brasil pode provocar neve nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, especialmente nas regiões de maior altitude, nos próximos dias.
As áreas serranas, como a Serra Gaúcha e a Serra Catarinense, são as mais propensas ao fenômeno, devido às condições climáticas específicas dessas localidades — com altitudes elevadas, temperaturas próximas ou abaixo de 0°C e alta umidade atmosférica.
Cidades como São Joaquim, Urubici e Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, e São José dos Ausentes, Cambará do Sul e Vacaria, no Rio Grande do Sul, estão entre as que têm maior possibilidade de registrar os primeiros flocos de neve do ano.
Paraná
Além da neve, também há potencial para a formação de geada ampla e intensa, principalmente durante as madrugadas e nas primeiras horas da manhã, e essa previsão também se estende a quase todo Paraná.
O Paraná vai enfrentar uma virada brusca no tempo já partir desta quarta-feira (28), com forte queda nas temperaturas em praticamente todas as regiões.
O avanço de uma massa de ar polar após a passagem de uma frente fria trará mínimas até 15°C mais baixas que nos dias anteriores e aumentará o risco de geada generalizada até a sexta-feira (30).
Umuarama
Nas regiões Oeste, Norte e Noroeste, onde fica Umuarama, que vinham registrando tardes quentes até esta terça-feira (27), o clima muda radicalmente.
Em Toledo, por exemplo, que tem média histórica de 17,7°C para maio, as temperaturas registradas até agora chegaram a 22,1°C — 4,3°C acima da média.
Com a mudança no clima, a cidade deve registrar mínima de 5°C e máxima de 14°C na sexta-feira, uma queda de 14°C em relação ao início da semana.
Meteorologistas alertam que, além do frio extremo, o avanço da massa polar pode trazer ventos fortes, que aumentam a sensação térmica de frio e tornam as condições ainda mais adversas.
A orientação para os moradores dessas regiões é de atenção redobrada, especialmente no trânsito, e cuidados com a saúde, já que a combinação entre vento, umidade e baixas temperaturas aumenta o risco de doenças respiratórias.
A possibilidade de neve desperta o interesse de turistas e curiosos, mas as autoridades recomendam cautela ao se deslocar para áreas de serra, devido à formação de gelo nas pistas e à redução da visibilidade em razão do nevoeiro.
(OBemdito com informações do Simepar e MetSul Meteorologia)