
Umuarama muda gestão do transporte público e planeja frota própria com 27 veículos
Município inicia transição para modelo inédito na cidade; novos veículos terão ar-condicionado e Wi-Fi, e tarifa de R$ 4 será mantida


A cidade de Umuarama vai mudar radicalmente seu modelo de transporte público. A prefeitura já havia anunciada a mudança, entretanto, na última semana foi dada mais informações sobre a operação do serviço com frota privada, contanto apenas com a contratação de uma empresa para fazer a gestão do sistema.
O anúncio foi feito pelo prefeito Fernando Scanavaca durante o lançamento de edital que compõe parte da implantação do estacionamento rotativo. Ele destacou a necessidade de tornar o transporte público mais eficiente e economicamente viável.
“Acabei de assinar o emergencial de quase R$ 390 mil mensais para a Viação Umuarama”, disse, ao revelar o plano de aquisição de 27 veículos com apoio do Governo do Estado.
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança, Trânsito e Mobilidade Urbana (Sestram), já foram comprados oito veículos — três ônibus e cinco micro-ônibus — com previsão de mais dois ainda este ano. O restante da frota deverá ser adquirido até 2026.
Enquanto isso, veículos poderão ser alugados temporariamente até que um estudo técnico defina a quantidade ideal para atender a cidade.
Apoio financeiro e veículos modernos
A transição será financiada com R$ 15 milhões em recursos a fundo perdido do governo estadual, além de outras fontes e emendas parlamentares.
Os novos ônibus, de acordo com o secretário Valdecir Gonçalves Capelli, terão ar-condicionado, acessibilidade e possivelmente Wi-Fi. “São veículos de primeira linha, projetados para melhorar a experiência do usuário”, afirmou.
A empresa que vencer a licitação prevista para este ano será responsável pela operação e manutenção dos veículos adquiridos pela prefeitura. Até lá, um contrato emergencial com a Viação Umuarama continuará garantindo a circulação.
Linhas, integração e tarifa
O novo modelo também prevê melhoria na cobertura das linhas, com atendimento a bairros que hoje não contam com transporte regular.
A prefeitura estuda ainda a criação de pontos de integração descentralizados, evitando a concentração em terminais fixos.
A conexão entre ônibus será feita via cartão de usuário, sem custos adicionais ao passageiro.
Apesar das inovações, a tarifa de R$ 4 será mantida. “Não há previsão de aumento, mas também não será possível reduzir, devido aos custos de operação.
A ideia é economizar no repasse à operadora e redirecionar recursos para áreas como saúde e educação”, destacou Capelli.
A expectativa da prefeitura é que o novo sistema entre em funcionamento ainda em 2025, dependendo da chegada dos veículos e da conclusão da licitação.