
Trio é condenado por homicídio em Umuarama; crime foi motivado por disputa de tráfico
Condenações somam mais de 56 anos de prisão; vítima foi alvejada com 14 tiros


Alysson Henrique Ribeiro de Souza, Carlos Eduardo Rodrigues Carvalho e Christoffer Gustavo Souza Cavalcante Torres foram condenados pelo Tribunal do Júri de Umuarama na última quarta-feira (25) por envolvimento no crime de assassinato de Wellington Pereira de Lima. O crime ocorreu em 22 de dezembro de 2022 e, segundo o Ministério Público, foi motivado por disputa pelo controle do tráfico de drogas em uma região da cidade.
As penas aplicadas somam 56 anos e 1 mês de prisão em regime fechado. Christoffer recebeu a maior condenação: 21 anos e 9 meses. Carlos Eduardo foi sentenciado a 18 anos e 9 meses, enquanto Alysson cumprirá 15 anos e 7 meses.
De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor João Batista de Almeida, o crime foi cometido com crueldade e planejamento. A vítima foi atraída por pessoas de confiança até uma emboscada. No local, os três acusados, acompanhados de um adolescente, dispararam 14 vezes contra Wellington, atingindo principalmente o rosto, pescoço, costas e peito.
A motivação, segundo o MP, foi “motivo torpe”, já que a vítima estaria tentando disputar espaço no tráfico local, o que teria desagradado os denunciados. Além disso, o crime foi qualificado como traição, uma vez que a vítima mantinha laços de amizade com os executores.
A denúncia também apontou que os réus corromperam um adolescente para participar diretamente do homicídio, o que agrava ainda mais as penas. A arma utilizada no crime não foi localizada.
Após os disparos, os envolvidos fugiram em motocicletas. A investigação, conduzida pela 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, resultou nas prisões preventivas dos três condenados e na denúncia por homicídio qualificado, corrupção de menor e associação ao tráfico.
O Ministério Público destacou que as penas refletem a gravidade do delito e a periculosidade dos envolvidos. As defesas ainda podem recorrer da decisão, mas os réus permanecerão presos enquanto tramitam os eventuais recursos.