
Regional de Umuarama tem 1.491 presos inscritos na prova do Encceja
O sistema prisional do Paraná registrou recorde de inscritos no exame neste ano: 12.551 custodiados


A Polícia Penal do Paraná (PPPR) alcançou um marco histórico no número de custodiados inscritos no Encceja PPL 2025. Ao todo, 12.551 inscrições custodiados se inscreveram no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade. A regional de Umuarama teve 1.491 inscritos, o terceiro maior número entre as regionais do Estado.
O número representa um aumento de 10,39% em relação ao ano anterior. Dessa forma, supera a meta de crescimento que a Divisão de Educação e Capacitação da PPPR (10%) estabeleceu.
Os números detalhados mostram que, dos inscritos, 9.382 pertencem a estabelecimentos penais. Destes, 4.953 farão a prova para ensino fundamental e 4.429 para ensino médio. Além disso, 3.081 são de cadeias públicas, com 1.897 do ensino fundamental e 1.184 do ensino médio. Outros 88 correspondem às Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), sendo 49 do ensino fundamental e 39 do ensino médio.
Inscrições por regionais
Entre as nove regionais administrativas da PPPR, Londrina se destaca com o maior número de inscritos. São 3.296 custodiados, superando os próprios números do ano passado. Em seguida aparecem Curitiba, com 2.739 inscritos e Umuarama com 1.491. As demais regionais também registraram participação significativa. Os destaques são Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Francisco Beltrão.
O diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini, falou sobre o número de inscrições recorde. “A participação dos custodiados no Encceja PPL é uma das ações fundamentais da Polícia Penal do Paraná. A PPPR possui uma estrutura específica voltada ao tratamento penal, incluindo a educação dos apenados” explica.
“Esse exame permite que pessoas privadas de liberdade concluam, mesmo após a idade adequada, etapas do ensino fundamental e médio. Além de prepará-las para o mercado de trabalho, o certificado obtido contribui para a recuperação e reinserção social e, embora o exame geralmente ocorra fora do ambiente prisional, trazemos essa iniciativa para o sistema penal justamente para fortalecer o processo de reintegração social”, completa.
Trabalho conjunto
O aumento do número de inscrições foi resultado do trabalho conjunto da Divisão de Educação e Capacitação, setores de pedagogia das unidades penais e ao apoio dos policiais penais que incentivam a inscrição e a participação dos privados de liberdade no exame. Ano após ano, a Polícia Penal do Paraná tem ampliado a participação dos custodiados no Encceja PPL, resultado direto dos investimentos e incentivos voltados à educação e capacitação das pessoas privadas de liberdade.
“Conseguimos ultrapassar a meta de inscrições e estamos confiantes que o número de aprovações dessas pessoas privadas de liberdade também será muito satisfatório. Isso trará como benefício aos custodiados a conclusão do ensino e a remição de pena, demonstrando que não só a educação convencional do Paraná é uma das melhores do Brasil, mas também a educação dentro do sistema prisional promovida pela PPPR está entre as melhores do País”, afirma o chefe da Divisão de Tratamento Penal da PPPR, Diego Piotrowski.
Encceja PPL
Criado em 2002 e realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Encceja é um exame voluntário e gratuito, destinado a jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade apropriada. As provas avaliam competências, habilidades e saberes adquiridos tanto no ambiente escolar quanto em experiências de vida.
O Inep aplicará as provas nos dias 23 e 24 de setembro de 2025, em 114 estabelecimentos prisionais do País, incluindo Complexos Sociais, Cadeias Públicas e quatro APAC. As secretarias estaduais de Educação e institutos federais utilizam o resultado do Encceja como base para a certificação dos participantes. Dessa forma, os participantes podem concluir formalmente os ciclos escolares.
“O exame oferece uma referência nacional para a educação de jovens e adultos. Além disso, contribui com dados relevantes para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade da educação no País”, completa Piotrowski.
(Informações: AEN)