Jaqueline Mocellin Publisher do OBemdito

Polícia Penal insere todos os presos de Cidade Gaúcha em projetos de remição de pena

Os custodiados participam de atividades de leitura e de artesanado, com a confecção de tapetes e amigurumis

Fotos: Polícia Penal do Paraná
Polícia Penal insere todos os presos de Cidade Gaúcha em projetos de remição de pena
Jaqueline Mocellin - OBemdito
Publicado em 28 de julho de 2025 às 21h23 - Modificado em 29 de julho de 2025 às 07h29

A Polícia Penal do Paraná (PPPR) iniciou neste mês um projeto de remição de pena pela leitura na Cadeia Pública de Cidade Gaúcha. A iniciativa acontece através da Divisão de Educação e Capacitação e beneficia todos os 37 custodiados da unidade.

O projeto de leitura conta com o apoio da Faculdade de Cruzeiro do Oeste (Faco), que participa por meio de professores e acadêmicos voluntários. Além da leitura, os custodiados também têm acesso ao trabalho com artesanato, ampliando as possibilidades de remição de pena por meio da educação e da laborterapia.

O projeto é fundamentado na Lei Estadual nº 17.329/12 e na Resolução nº 391/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ambos incentivam a leitura como forma de remição de pena. As atividades incluem rodas de conversa, correção e validação de relatórios de leitura. Além disso, inclui orientação linguística para aprimoramento da escrita em conformidade com a norma culta da língua portuguesa.

Arnobe Lemes dos Reis, coordenador da Regional Administrativa da PPPR em Umuarama, falou sobre o projeto. “A remição da pena através da leitura constitui-se na disseminação da interpretação nos espaços prisionais. A atividade proporciona o resgate da autoestima, trocando momentos ociosos por leitura e estudo. Bem como, amplia a capacidade leitora e oportuniza a quem lê a mudança de opinião, construção de pensamentos que vislumbrem melhor convivência na sociedade e remição de pena”, destaca.

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Remição de pena através do artesanato

Além do projeto de leitura, a unidade também oferece remição de pena por meio do trabalho com artesanato. Primeiramente, a atividade proporciona ocupação produtiva e digna aos privados de liberdade. Porém, também contribui para gerar renda para outros envolvidos.

A produção artesanal, já consolidada na unidade, inclui tapetes e amigurumis confeccionados pelos internos. O Conselho da Comunidade de Cidade Gaúcha faz as doações de materiais. Posteriormente, os produtos seguem para instituições cadastradas ou familiares. Dessa forma, a atividade promove geração de renda.

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Wilson Casari, gestor da Cadeia Pública de Cidade Gaúcha, ressaltou a importância de atividades para remição de pena. “Através de parcerias, podemos realizar esse trabalho de reintegração social. A Polícia Penal do Paraná é referência nacional na aplicação de políticas públicas voltadas ao sistema prisional, garantindo na prática uma reinserção digna aos custodiados”.

A PPPR segue desenvolvendo ações voltadas a um tratamento penal humanizado. O objetivo é promover a educação, a qualificação profissional e a inserção social dos custodiados em todo o estado.

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(Informações: Assessoria PPPR)

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