
Assembleia Legislativa aprova ampliação do teste do pezinho no Paraná
Projeto aumenta de 6 para até 37 o número de doenças raras e graves detectadas em recém-nascidos; lei alinha Estado ao ECA


A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou o projeto de lei nº 426/2023, que amplia significativamente o número de doenças diagnosticadas pelo teste do pezinho realizado nos recém-nascidos da rede pública e privada do Estado.
A proposta, de autoria dos deputados Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (União), Mabel Canto (PP), Alexandre Curi (PSD), Bazana (PSD), Professor Lemos (PT), Matheus Vermelho (PP) e Batatinha (MDB), atualiza a Lei Estadual nº 19.173/2017 para adequá-la ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O texto prevê a ampliação escalonada do exame, passando das atuais seis para até 37 enfermidades raras e graves, como fibrose cística, fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, toxoplasmose congênita, galactosemia e atrofia muscular espinhal.
O deputado Ney Leprevost, coordenador da Frente Parlamentar da Medicina, classificou a medida como “uma conquista histórica para as famílias paranaenses”. Segundo ele, a ampliação garante “diagnóstico precoce, tratamento adequado e mais qualidade de vida para nossas crianças”.
O projeto recebeu parecer favorável das comissões de Constituição e Justiça, de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Pessoa com Deficiência e da Comissão de Saúde Pública. Pela nova redação, a ampliação será permanente e seguirá critérios técnicos e científicos definidos por órgãos de saúde.
Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associada ao vírus sincicial respiratório (VSR) continuam em níveis elevados na maioria dos estados brasileiros, especialmente entre crianças de até 2 anos. É o que aponta o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O levantamento semanal também indica avanço da covid-19 no Ceará e um novo crescimento dos casos no Rio de Janeiro. Na Bahia, o aumento das hospitalizações infantis e de adolescentes está ligado ao rinovírus.
Apesar do cenário de alerta entre os mais jovens, a Fiocruz observa tendência de queda nos casos de SRAG por Influenza A em idosos. No entanto, os níveis da síndrome respiratória entre pessoas acima dos 60 anos continuam de moderados a altos em estados das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste.
A pesquisadora Tatiana Portela, do InfoGripe, reforçou a importância das campanhas de imunização. “Como em alguns estados os casos de SRAG por Influenza A continuam altos, também é importante estar em dia com a vacina contra a gripe. E, especialmente para idosos e imunocomprometidos, é fundamental tomar a dose de reforço contra a covid-19 a cada seis meses”, alertou.
Vírus em circulação
Nas quatro semanas epidemiológicas mais recentes, os vírus detectados entre os casos positivos de SRAG foram:
- VSR: 44,7%
- Rinovírus: 34,6%
- Influenza A: 13,9%
- Sars-CoV-2 (Covid-19): 5,6%
- Influenza B: 1,5%
Entre os óbitos por SRAG, o Influenza A foi responsável por 51,6% dos casos, seguido pelo VSR (18,4%), rinovírus (18%), Sars-CoV-2 (8,1%) e Influenza B (2%).
Cenário nacional
No total, o ano epidemiológico de 2025 já registra 150.615 notificações de SRAG. Do total, 53,5% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 34,1% foram negativos e cerca de 5,9% ainda aguardam confirmação laboratorial.
Apesar dos números, o estudo mostra que, no panorama nacional, há sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e também no curto prazo (últimas três semanas). Ainda assim, o alerta se mantém, principalmente entre o público mais vulnerável.
OBemdito com informações da Alep e da Agência Brasil