Paranaense voluntário na guerra da Ucrânia diz se sentir enganado e teme pela própria vida

O paranaense Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos e natural de Francisco Beltrão, está lamentando a situação que se encontra, atualmente na guerra entre a Ucrânia e Rússia. Ele, que em maio deste ano se alistou como voluntário para atuar como operador de drones, afirma que foi deslocado para a linha de frente do conflito, em Kharkiv, onde deve passar por uma espécie de treinamento por cerca de seis meses.

Em suas redes sociais, Bueno afirma que se sente enganado, pois sua intenção era atuar com a tecnologia militar, porém está desempenhando funções de infantaria. “Disseram que é treinamento, mas eu não acredito mais nisso. Isso nunca foi o combinado”, lamentou ele. Além disso, ele diz que o acordo previa três meses de treinamento técnico, porém ao longo do conflito ele foi deslocado para batalhões de combate.

O paranaense também disse que já solicitou à embaixada brasileira na Ucrânia sua retirada da guerra, porém, segundo ele, a resposta obtida foi que o caso deve ser resolvido diretamente com o exército ucraniano.

O contrato com o Ministério da Defesa da Ucrânia foi firmado em 29 de junho de 2025. O documento tem validade de três anos e prevê um período mínimo de seis meses, nomeado “formação experimental”, que impossibilita o rompimento. Com isso, Bueno só pode deixar o país legalmente a partir de dezembro de 2025, com exceção de problemas de saúde ou emergências familiares. Ademais, em casos de saída antecipada, ele deve devolver os equipamentos ou reembolsar os custos.

Ainda não há previsão do encerramento da guerra entre a Rússia e Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022.

*Com informações RIC Mais.

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