Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Gaeco de Umuarama prende nove por crimes contra prefeitura da região

Investigação que apura associação criminosa, fraude à licitação e peculato; vereador e irmão de ex-prefeito são investigados

Policiais cumprem mandados da Operação Pandora em São Tomé; investigações apontam transferências suspeitas que somam mais de R$ 1 milhão (Foto MPPR)
Gaeco de Umuarama prende nove por crimes contra prefeitura da região
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 11h23 - Modificado em 26 de agosto de 2025 às 14h50

O Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Umuarama do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta terça-feira (26) a Operação Pandora, que apura possíveis crimes de associação criminosa, fraude à licitação e peculato no município de São Tomé.

Foram cumpridos nove mandados de prisão temporária, 14 de busca e apreensão e dois de sequestro de bens, além do bloqueio de contas bancárias, imóveis e veículos de investigados. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal de Cianorte.

Durante as ações, foram apreendidos documentos, oito celulares, cheques, uma arma de fogo irregular e R$ 10.952 em espécie. Todo o material será periciado e analisado para possível utilização como prova.

As investigações apontam que empresários, fornecedores da Prefeitura de São Tomé, realizaram transferências bancárias irregulares a dois outros investigados: um vereador do município e o irmão de um ex-prefeito. Somadas, as movimentações ultrapassam R$ 1 milhão.

A operação contou com apoio da Polícia Civil, por meio da 21ª Subdivisão Policial de Cianorte.

Gaeco

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é um dos braços mais especializados do Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR). Sua principal missão é investigar e processar criminalmente organizações criminosas que atuem contra a Administração Pública, notadamente aquelas envolvidas em crimes de colarinho branco, como corrupção, fraudes em licitações, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro e peculato.

Com uma estrutura composta por promotores de justiça e servidores especializados, o Gaeco atua de forma estratégica e concentrada, priorizando operações de grande complexidade que exigem sigilo, planejamento detalhado e trabalho investigativo apurado.

O grupo frequentemente deflagra operações, muitas delas com nomes emblemáticos, que resultam no cumprimento de mandados de busca e apreensão, prisões temporárias ou preventivas, afastamento de cargos públicos e sequestro de bens adquiridos de forma ilícita.

A atuação do Gaeco é marcada pelo uso de métodos investigativos modernos e pela colaboração com outras instituições, como a Polícia Civil do Paraná, a Polícia Federal e órgãos de controle, formando uma força-tarefa robusta contra o crime organizado.

Seu trabalho é considerado essencial para a preservação do patrimônio público e para o fortalecimento da integridade na gestão pública paranaense, sendo um dos principais instrumentos do estado no combate à corrupção sistêmica e à impunidade.

Gaeco Operação Pandora

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