
Acusados do desaparecimento de Edna Storari são denunciados pelo MP
O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça do município de Marechal Cândido Rondon, ofereceu denúncia contra […]


O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça do município de Marechal Cândido Rondon, ofereceu denúncia contra os quatro indiciados no inquérito policial do Caso Edna Storari, 56 anos, empresária de Marechal Cândido Rondon.
O companheiro Luis Carlos Rissato, e os filhos dele Guilherme Henrique Rissato e Amabile Carla Rissato foram denunciados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e feminicídio, e também por fraude processual e ocultação de cadáver. Luan Rafael Ferreira de Lima, companheiro de Amabile, foi denunciado pelo crime de fraude processual.
“O MP entende que há elementos sólidos, apesar do corpo não ter aparecido, motivando inclusive a denúncia por ocultação de cadáver. Luis, Guilherme e Amabile mataram Edna Storari por questões econômicas. Há inúmeros elementos nos autos e durante esses quase três meses, manipularam informações, a fim de se esquivar da acusação de homicídio e também ocultaram o cadáver de Edna. O MP espera que a denúncia seja recebida pelo poder judiciário”, divulgou o MP.
Sobre o caso
O desaparecimento aconteceu na cidade de Marechal Cândido Rondon. O sumiço da empresária ocorreu no dia 21 de setembro e assustou os moradores da cidade. Na ocasião, parentes que residem na região de Umuarama entraram em contato com a reportagem de OBemdito para divulgar o desaparecimento e tentar ajudar a encontrá-la.
O principal suspeito do desaparecimento de Edna, o empresário e companheiro dela, Luis Rissato, de 60 anos, foi detido pela polícia na residência do casal no dia 7 de outubro. O filho é suspeito de ajudar a arquitetar o assassinato da madrasta e ocultar o corpo. Já a filha e o genro são suspeitos de participação no crime e de apagarem provas.
Sumiço
Uma das filhas da empresária recebeu uma mensagem pelo celular. O recado, supostamente da mãe, causou estranheza. Ela relatava sobre uma viagem misteriosa e um detalhe chamou a atenção; o nome da irmã, escrito errado.
O desaparecimento da mulher só foi registrado no dia 27 de setembro, quando uma das filhas do primeiro casamento procurou a polícia relatando que a mãe estava sumida há mais de uma semana e que o então marido dela não havia feito a comunicação.
Com o comparecimento da filha, a polícia foi até a casa da vítima e foi recebida pelo companheiro, que disse estar saindo para fazer o boletim naquele momento, o que causou estranheza.
O companheiro apresentou a versão de que a vítima havia viajado para o Paraguai com um casal de amigos de Guaíra, que ele não tinha conhecimento de quem era, não levou o celular e ainda pediu para que o mesmo formatasse o aparelho.
“Iniciaram-se as diligências e na casa da vítima surgiram as primeiras evidências que a história apresentada não parecia proceder, pois as roupas, maquiagens e joias estavam no lugar. Aprofundando, constatou-se ainda que alguns dias após o sumiço o companheiro começou a procurar a vizinhança pedindo que os vizinhos apagassem imagens de câmeras de segurança. Assim, o inquérito foi sendo instruído e toda a versão apresentada pelo companheiro ficando sem base verdadeira”, divulgou o delegado Rodrigo Baptista Santos no dia 27 de outubro.
O espaço está aberto para eventual manifestação das pessoas citadas na reportagem.
(Informações OBemdito e RIC Mais)