
Vídeos de ataque de onça em Umuarama não são da cidade, afirma Polícia Ambiental
A propagação dos vídeos falsos de ataque de onça ocorre dias após o registro de um felino no Lago Aratimbó

São falsas as informações que circulam em grupos de WhatsApp sobre um suposto ataque de onça a um cavalo no Jardim Tóquio, em Umuarama, nesta quinta-feira (23). Os vídeos, que mostram um felino caminhando em uma área de campo e um cavalo agonizando, foram amplamente compartilhados, sugerindo que as cenas teriam ocorrido em diferentes pontos da cidade.
De acordo com o sargento Fábio de Oliveira, da Polícia Ambiental Força Verde, equipes da corporação foram acionadas e investigaram as denúncias, mas não encontraram indícios da ocorrência relatada do ataque de onça.
“Os policiais estiveram no Jardim Tóquio e no Jabuticabeiras, realizaram diligências, mas não localizaram nada. Inclusive, no Parque Jabuticabeiras, tratava-se de um trote. A pessoa que fez a denúncia afirmou que aguardaria no local, mas quando a equipe chegou, não havia ninguém”, relatou o sargento.
Segundo Oliveira, situações como essa prejudicam o trabalho da polícia, desviando recursos que poderiam ser direcionados a ocorrências reais. “Fomos informados que o relevo mostrado no vídeo é diferente da geografia de Umuarama, indicando que o material é possivelmente falso”, destacou.
Como se propagaram vídeos do ataque de onça
A propagação dos vídeos falsos do ataque de onça ocorre dias após o registro de um felino na região do Lago Aratimbó, em Umuarama, na última segunda-feira (20). Nas imagens gravadas à distância, não é possível determinar com precisão se o animal é uma onça, um gato-maracajá ou uma jaguatirica.
Luis Carlos Borges Cardoso, chefe do escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT) em Umuarama, afirmou que não há novidades sobre o caso do felino. “Nosso pessoal realizou vistorias, mas não encontrou novos vestígios. Acreditamos que o animal tenha deixado a área por uma rota de fuga, considerando que a mata na região do lago é bastante extensa”, explicou.
As autoridades reforçam que, caso alguém aviste um felino ou outro animal potencialmente perigoso, não deve tentar interagir. “A orientação é avisar imediatamente os órgãos competentes para que as medidas necessárias sejam tomadas”, finalizou Cardoso.