Rodrigo Mello Publisher do OBemdito

“Estou com medo de ser ‘barriga de onça'”, diz idosa visitada pelo felino em Umuarama

Apesar do susto vivido por dona Fátima de Jesus, a onça não oferece perigo aos seres humanos, desde que o felino não se sinta ameaçado

“Estou com medo de ser ‘barriga de onça'”, diz idosa visitada pelo felino em Umuarama
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 17h04 - Modificado em 5 de fevereiro de 2025 às 20h06

Uma idosa de 68 anos, que reside em uma casa na Avenida Olinda, nas proximidades da região do Lago Aratimbó, recebeu uma visita inesperada na tarde desta quarta-feira (5).

Por volta das 14h, Fátima de Jesus Morais Gomes entrou em contato com o escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT) para avisar que a onça, que tem sido vista em Umuarama, estava no seu quintal.

Segundo a idosa, ela alimentava as galinhas quando percebeu a presença do felino. “Ela passou muito perto de mim e partiu para cima da galinha. Fiquei paralisada, com medo de me mexer e ser atacada”, relatou.

Onça fugiu antes da captura

Mesmo com a rápida resposta das equipes, o animal já havia deixado a residência. “Encontramos rastros, mas ela voltou para a mata depois de correr atrás da galinha”, explicou Luis Carlos Borges Cardoso, chefe regional do IAT. Como medida preventiva, a equipe instalou novas armadilhas e está coletando informações da população.

Fátima, que vive com o esposo e seis cachorros, teme um novo encontro com o felino. “Estou com medo de ser ‘barriga de onça’. Nem caminhada vou fazer por enquanto”, disse.

Apesar do susto que a idosa passou, a onça não oferece perigo. Segundo Cardoso, o felino, que vem sendo monitorado desde a primeira aparição, não representa uma ameaça para as pessoas, desde que não se sinta acuado. “A onça-parda é arisca. A população não corre risco algum. Ela tem medo do ser humano”, concluiu Cardoso.

Felino foi visto também perto da Uopeccan

Esta é a segunda vez que o animal é visto nesta quarta-feira, em Umuarama. Logo cedo, por volta das 6h50, um homem que trabalha nas proximidades da Uopeccan entrou em contato com OBemdito e relatou ter visto o felino.

“Estava indo para o trabalho a pé e ela atravessou na minha frente, cruzando a avenida”, afirmou Diego Evangelista, que trabalha próximo ao local.

A onça já havia sido vista na mesma região em outras ocasiões. No dia 27 de janeiro, um trabalhador do restaurante Ki Delícia relatou ter visto o felino ao chegar para o expediente. Dois dias depois, uma mulher presenciou o animal atravessando a mesma avenida.

Em 30 de janeiro, câmeras de monitoramento de uma propriedade rural na Avenida Portugal registraram o felino sendo seguido por cães do outro lado de uma cerca. Desde o primeiro avistamento, em 20 de janeiro, no Lago Aratimbó, o Instituto Água e Terra (IAT) trabalha para localizar e capturar o animal.

Orientações à população

Enquanto a onça não é capturada, o IAT reforça as recomendações de segurança para a população. Em caso de avistamento, é essencial acionar as autoridades pelos telefones (44) 3623-2300 (IAT) ou (44) 3624-7630 (Polícia Ambiental – Força Verde).

O que fazer ao avistar uma onça em Umuarama?

  • Mantenha contato visual com o felino.
  • Não se vire e não corra.
  • Recuar lentamente e de forma segura.
  • Levantar os braços para parecer maior.
  • Fazer barulho com apitos ou buzinas.
  • Usar um objeto longo, como um bastão de caminhada, como barreira.
  • Proteger crianças e animais pequenos.
  • Informar imediatamente as autoridades.

O que evitar?

  • Não se deitar nem se agachar.
  • Não fingir-se de morto.
  • Não virar as costas para a onça.
  • Não correr.

Por que essas medidas são importantes?

As onças geralmente evitam o contato com humanos e atacam apenas em situações extremas. Seu avistamento em Umuarama pode indicar um desequilíbrio no ecossistema ou a diminuição de território adequado para sua sobrevivência.

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