
Confecção de trajes para rainha de rodeio destaca estilista da região
Vestidas para brilhar! Musas dos eventos agropecuários provocam frisson e brilham com os trajes criados e confeccionados por Aline Castruchi, de Xambrê


O setor de confecção de trajes para rainha de rodeio e para outros eventos agropecuários vem se destacando como um nicho de mercado promissor no Brasil. Na região de Umuarama, há quem já abraçou a oportunidade e comemora bons resultados.
Ela se chama Aline Castruchi, 30 anos, residente no tranquilo distrito de Casa Branca [de 1,8 mil habitantes], do município de Xambrê-PR; lá, mantém seu ateliê em casa, onde produz duas coleções por ano, cada uma com 12 trajes, todos com elementos estéticos “para causar” no cenário do mundo country.
O negócio é próspero porque, por tradição, as musas de exposições agropecuárias do Brasil não dispensam os exuberantes trajes que combinam couro natural de boi com pedrarias bordadas, pensados e confeccionados para se sincronizarem com a essência vibrante dos concursos de rodeio.

“E esses concursos estão cada vez mais arrojados, então estou alcançando meus objetivos”, diz a empreendedora. Ela diz também que não é um trabalho fácil: criar e confeccionar trajes para rainha de rodeio exige habilidades específicas, como saber costurar e bordar, além de dedicação extrema e muita criatividade.
Suas criações deslumbrantes – ao vê-las, não tem como não soltar um ‘Óh!’ em alto e bom som – transcendem as fronteiras da região. A maioria dos clientes está no Paraná, mas também atende muitos em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, entre outros estados. “Tenho evento fechado até dezembro”, orgulha-se.

Trajes para rainha de rodeio reforçam elegância
Formada em Administração, Aline diz que seu negócio, iniciado em 2018, tem como missão vestir mulheres que representam a elegância nos eventos agropecuários. Tudo é feito à mão. “Eu era decoradora de festas de aniversário e casamento… Já tinha uma paixão pelo trabalho artesanal“, diz.
Mudou de ramo ao perceber que o mercado de trajes de rainha de rodeio e de exposição era promissor. “Isso aconteceu depois que participei da organização de uma festa country na minha cidade, que teve concurso de rainha; tivemos que buscar os trajes em São Paulo… Buscar e levar de volta, aliás; o custo ficou alto, então vi que era um bom nicho de mercado para explorar”.
Aline diz ter acertado. “Estou muito satisfeita”, exclama a empreendedora, que cria os modelos e faz os bordados, além de cuidar do setor de locação [contato com clientes] e gerenciar a empresa; para o corte e a costura, conta com uma colaboradora [a prima Sirlene Alves, 35 anos].

Aposta no protagonismo da rainha do rodeio
“Minha inspiração vem da conexão com a cultura dos rodeios, que são comuns por aqui, e da minha paixão pelo artesanato em couro”, revela a estilista, que imprime nesse vestuário singular muito glamour, marcado pelo brilho das pedrarias, strass e dos detalhes metálicos, meticulosamente aplicados.
Nas araras, atualmente, expõe cerca de 100 conjuntos [entre femininos, masculinos e infantis], tudo para locação. Os femininos, que são os mais procurados, são compostos por top, calça, manto, colar e chapéu, tudo em sintonia nas cores e na ornamentação. Para venda, confecciona faixas de rainha do rodeio e chapéus personalizados.
“Cada peça é única, feita com amor e dedicação para que as rainhas se sintam verdadeiras protagonistas”, defende a estilista; e para se manter atualizada, diz que acompanha o trabalho de Marcelo Ortale, renomado estilista de artistas famosos que levam o estilo sertanejo para os palcos e arenas.

Unindo tradição e modernidade
Franjas esvoaçantes! Sabe aquele movimento incrível de leveza que o traje de rainha de rodeio remete? É só impressão, mesmo, porque ele fica bem pesado depois de pronto. Quando feito no couro camurça chega a pesar dez quilos; já no couro metalizado, fica um pouco mais leve: com cerca de sete quilos.
Quanto custa o aluguel? “Depende. Se for um traje da coleção de lançamento, é um pouco mais caro… O preço também tem a ver com a quantidade de trajes que o cliente loca e de onde ele é, por causa do valor do frete”, responde a estilista, que gerencia a maioria dos seus negócios via redes sociais.

Aline não revela custos, mas salienta que procura sempre um bom acordo com o cliente: “Sou flexível na negociação, pois manter um bom relacionamento é imprescindível… Meu produto é de boa qualidade, mas sei também que tenho que garantir fidelidade”.
Afinal, ela tem clientes espalhados por todo o Brasil, que costumam voltar todos os anos: “A cada ano vejo minhas criações alcançarem mais admiradores, pois mantenho meu compromisso em elevar o padrão estético dos trajes, preservando um estilo que une tradição e modernidade”.
O trabalho de Aline pode ser acompanhado no Instagram de sua empresa (clique aqui).

















