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Família diz que imagens de corpos em rio não são de desaparecidos e pede empatia

"Nossos filhos estão despedaçados. Não comem. Não conseguimos dormir. Estamos presos no sofrimento”

Equipes atuam nas buscas pelos desaparecidos no rio Paraná (FOTO: DANILO MARTINS/OBEMDITO)
Família diz que imagens de corpos em rio não são de desaparecidos e pede empatia
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 16 de agosto de 2025 às 11h55 - Modificado em 17 de agosto de 2025 às 15h44

Como se não bastasse conviver com a ausência dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma (noroeste do Paraná), as famílias ainda enfrentam especulações e boatos que circulam nas redes sociais. Na noite desta sexta-feira (15), começaram a ser compartilhados vídeos que supostamente mostrariam os corpos dos desaparecidos.

A esposa de um dos cobradores disse ter visto as imagens e negou que se tratasse de Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Marascalchi ou Robishley Hirnani de Oliveira. Da mesma forma, uma pessoa próxima ao produtor rural Alencar Gonçalves de Souza refutou que as imagens correspondessem a ele.

Em meio à incerteza, a dor se intensifica.

“Estamos enfrentando uma dor absurda, enquanto aguardamos por informações. Estamos preparados para tudo, para o bem ou para o mal. Se estiverem mortos, que tenham o direito de sepultar os corpos. Eu imploro à polícia que nos ajude, que tire de dentro da gente um pouco dessa angústia, dessa dor. Nossos filhos estão despedaçados. Não comem. Não conseguimos dormir. Estamos presos no sofrimento”, desabafou a esposa de um dos desaparecidos.

Ela também fez um apelo pela preservação da dignidade das famílias.

“Pedimos que só sejam divulgadas informações verdadeiras. Não façam brincadeira com uma situação tão séria. Estamos falando de quatro vidas, de quatro histórias, de quatro pais de família. Não procurem a polícia para trotes. Se coloquem no nosso lugar. Um dia podem ser vocês a passar por isso”, acrescentou.

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