
IAT instala mais armadilhas para capturar onça e pede para que população não entre na mata
No fim de semana, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o felino em dois pontos diferentes

O Instituto Água e Terra (IAT) montará mais duas armadilhas para capturar a onça que circula na mata próxima ao Lago Aratimbó, em Umuarama. Ao todo, sete armadilhas serão posicionadas estrategicamente para conter o felino, que tem cerca de dois anos e foi visto por moradores em diferentes locais no fim de semana.
“Ela tem um grande espaço para se movimentar. Já temos armadilhas no local, mas ainda não conseguimos capturá-la. No vídeo onde aparece na pastagem, estava a 400 metros de uma armadilha. Em outro, a 300 metros de outra armadinha. Estamos no caminho certo”, afirma Luiz Carlos Borges Cardoso, chefe do escritório regional do IAT.
Segundo Cardoso, o animal está desorientado e circula entre o Lago Aratimbó e o Hospital Uopeccan. A captura com tranquilizantes só será possível caso ela seja localizada em um local adequado para ação conjunta do IAT e da Polícia Ambiental Força Verde.
População deve evitar a mata
O IAT reforça que a população não deve entrar na mata para procurar a onça ou verificar as armadilhas, pois isso pode atrapalhar o trabalho de captura e afugentar o animal. Caso alguém veja a onça, deve acionar o órgão para que a equipe possa avaliar a situação e tomar as providências necessárias.
Registros em vídeo da onça
No fim de semana, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a onça-parda em diferentes pontos da cidade. Em uma das gravações, ela caminha por uma pastagem nos fundos do Hospital do Câncer Uopeccan. Em outro registro, aparece na área do Centro de Eventos Metropolitan, próximo ao Colégio Educare.
Cardoso tranquiliza a população e afirma que a onça-parda tem comportamento arisco. “A população não corre risco. O animal tem medo do ser humano”, diz.
Onça foi vista em vários locais
Na semana passada, a onça foi vista perseguindo uma galinha no quintal de uma casa na região do Lago Aratimbó. A dona da residência estava alimentando os animais quando se deparou com o felino e se assustou com a situação. Após o ocorrido, técnicos do IAT montaram diversas armadilhas para capturá-la.
Antes disso, o animal já havia sido flagrado atravessando a Avenida Paraná, nas proximidades do hospital, em três ocasiões. Em 30 de janeiro, câmeras de monitoramento de uma propriedade rural na Avenida Portugal registraram o felino sendo seguido por cães do outro lado de uma cerca.
Em nenhuma delas, a onça representou risco à população. O primeiro avistamento ocorreu em 20 de janeiro no Lago Aratimbó. Desde então, várias tentativas de captura foram feitas para devolver o felino ao seu habitat natural.
Orientação à população
Enquanto a onça não é capturada, o IAT reforça as recomendações para a população. Em caso de avistamento, é essencial acionar as autoridades pelos telefones (44) 3623-2300 (IAT) ou (44) 3624-7630 (Polícia Ambiental – Força Verde).
O que fazer ao avistar uma onça
- Mantenha contato visual com o felino.
- Não se vire e não corra.
- Recuar lentamente e de forma segura.
- Levantar os braços para parecer maior.
- Fazer barulho com apitos ou buzinas.
- Usar um objeto longo, como um bastão de caminhada, como barreira.
- Proteger crianças e animais pequenos.
- Informar imediatamente as autoridades.
O que evitar?
- Não se deitar nem se agachar.
- Não fingir-se de morto.
- Não virar as costas para a onça.
- Não correr.
- Por que essas medidas são importantes?
- As onças geralmente evitam o contato com humanos e atacam apenas em situações extremas. Seu avistamento em Umuarama pode indicar um desequilíbrio no ecossistema ou a diminuição de território adequado para sua sobrevivência.