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Delegado de Umuarama fala da investigação sobre o paradeiro dos desaparecidos em Icaraíma

Gabriel Menezes afirmou que o caso segue sendo tratado como homicídio, apesar de nenhuma hipótese ainda ter sido descartada

Foto: Arquivo
Delegado de Umuarama fala da investigação sobre o paradeiro dos desaparecidos em Icaraíma
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 18 de agosto de 2025 às 13h50 - Modificado em 19 de agosto de 2025 às 08h18

O paradeiro dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, continua desconhecido. Em respostas à questionamentos da imprensa nesta segunda-feira (18), o delegado Gabriel Menezes, da 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama, informou que não houve novidades significativas nas investigações. Segundo ele, a principal linha de apuração até o momento é de que o caso seja homicídio, embora a PCPR não tenha descartado nenhuma hipótese.

De acordo com o delegado, equipes da Polícia Civil de Umuarama estiveram empenhadas na última semana em buscas de imagens de câmeras de segurança em locais de interesse, inclusive no endereço enviado por um dos desaparecidos antes do sumiço. Menezes esclareceu que, a princípio, essa localização compartilhada com um amigo em São Paulo não tinha relação com o desaparecimento, mas sim com uma negociação de veículo.

Sobre relatos de vizinhos que teriam ouvido tiros, Menezes afirmou que chegaram informações conflitantes, indicando pontos diferentes — como áreas de Vila Rica e até a cidade de Icaraíma. O delegado reforçou que “há muitos boatos” em circulação, o que exige cautela na investigação.

Em relação aos suspeitos, ele destacou que as equipes verificaram várias denúncias de possíveis avistamentos dos suspeitos, tanto no Paraná quanto em São Paulo, mas nenhuma se confirmou. “Os foragidos possuem fisionomias comuns, o que pode estar causando reconhecimentos equivocados”, observou Menezes.

O Grupo Tático Integrado de Repressão Especial (Tigre) atua no caso desde o dia 6 de agosto, quando a Polícia Civil tomou conhecimento do desaparecimento, e seguirá apoiando as diligências até a conclusão do inquérito.

O caso

Alencar Gonçalves de Souza, morador de Icaraíma, e os paulistas Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso estão desaparecidos desde o dia 5 de agosto (terça-feira). Os três indivíduos de São Paulo se deslocaram até Icaraíma para fazer uma cobrança de dívidas e os indícios apontam que podem ter sido vítimas de homicídio.

Os devedores e principais suspeitos são Antônio Buscariollo, 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo Costa Buscariollo, 22 anos. Eles estão foragidos desde a decretação de suas prisões preventivas na sexta-feira (8). Questionado sobre os antecedentes criminais dos envolvidos (cobradores e devedores), o delegado divulgou que Antônio possui passagem policial por posse ilegal de arma de fogo. Por outro lado, não consta no sistema da Segurança Pública antecedente criminal em desfavor de seu filho Paulo Ricardo.

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Informações

Em um vídeo anterior divulgado pelo delegado Menezes, ele também esclareceu informações que estão sendo divulgadas nos últimos dias. Entre elas, o fato se que familiares das vítimas teriam recebido informações de que os corpos dos desaparecidos estariam em um bunker (esconderijo subterrâneo utilizado por contrabandistas e traficantes).

No entanto, conforme Menezes, as equipes da PCPR, Polícia Militar, Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros já vistoriaram esses locais no último dia 8. “Nós já havíamos recebido as informações sobre esse bunker e também outros locais. Todas as forças de segurança, inclusive a Polícia Militar Ambiental, que conhece mais esses locais, ajudaram nas vistorias. Nós fizemos diligências, utilizando o cão de faro dos bombeiros, e nada foi localizado”, informou.

O delegado explicou que a todo momento chegam notícias ou informações anônimas de possíveis locais onde essas vítimas estariam. As forças policiais estão checando essas localidades e, até agora, não há pistas dos desaparecidos. “Já exaurimos todas as informações que recebemos”, disse o chefe da força-tarefa.

Menezes, inclusive, solicitou que a população contribua com informações, desde que haja cautela. “Quem quiser ajudar deve ter o mínimo de certeza de que aquela informação é verdadeira, pois estamos usando recursos públicos de maneira ineficiente. De qualquer modo, todos os locais repassados em denúncias são avaliados”, argumentou.

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